16 de out. de 2007

DIA 11 DE OUTUBRO:
PROFESSORES E ESTUDANTES
CONTINUAM A LUTA CONTRA
OS ATAQUES A EDUCAÇÃO.





No dia 11 de outubro, cerca de 1500 trabalhadores em educação e estudantes, se mobilizam contras os ataques a educação pública patrocinados pelo Governo Yeda.


Professores se acorrentaram junto a Palácio do Governo Estadual para demonstrar sua indignação, recentemente Yeda volta anuciar mais ataques, antes era a politica de enturmação, agora Yeda apresenta um bacote de medidas, que entre elas está o aumento de impostos, congelamento de salários 8 meses antes das eleições, redução de investimentos, etc...


O Ato foi um grande vitória dos educadores e do movimento estudantil combativo, a Juventude do PSTU esteve presente mobilizando as escolas, sendo parte fundamental da construção do ato, levando para o ato mais de 200 estudantes.

1 de out. de 2007

Congresso de Estudantes da UFRGS decide barrar o REUNI

Thiago Mattos - DCE da UFRGS

Nos dias 27 e 28 de setembro foi realizado o 3º Congresso de Estudantes da UFRGS. Na sexta-feira à noite, a abertura do congresso iniciou com uma saudação das entidades e com um vídeo produzido sobre a ocupação da reitoria da universidade no primeiro semestre. Ainda no primeiro dia, ocorreu a discussão sobre democracia na universidade, com a presença de representantes da reitoria, da ADUFRGS, do ANDES e do próprio DCE-UFRGS. No sábado, foi a vez de os estudantes discutirem, pela parte da manhã, o decreto REUNI do governo Lula e suas consequências para a universidade pública. Participaram dessa mesa o ANDES, o DCE e o MUP. O MEC também foi convidado, mas, como de costume, fugiu do debate e não compareceu. Após o almoço, o estudantes se reuniram novamente, em torno da mesa sobre movimento estudantil nacional, com a participação da CONLUTE, da UJS e do DCE. Em torno das 18h da tarde, teve início a plenária final, onde se votou as resoluções apresentadas pelos grupos de discussão.

O congresso foi um grande sucesso, contando com a participação de mais de 150 estudantes, entre eles delegados e observadores. Foi uma verdadeira demonstração de democracia operária na universidade. A atual gestão do DCE, formada por militantes da FOE, da CONLUTE e independentes, passou em dezenas de salas de aula, de praticamente todos os cursos da universidade, para divulgar a luta contra o REUNI e o prórpio congresso, que girou em torno da preparação da luta contra o decreto do governo Lula. Em apenas 3 dias, na semana anterior ao congresso, foram coletadas mais de 1400 assinaturas entre os estudantes, exigindo da reitoria que se consultasse a posição de toda a comunidade acadêmica antes de aprovar o Reuni na UFRGS.

A plenária final foi uma grande vitória de todos os lutadores da Frente de Luta Contra a Reforma Universitária. Mais uma vez, se fortaleceu a unidade para deter o sucateamento da universidade pública imposto pelo governo federal. O congresso aprovou, como centro da atual gestão do DCE, a mobilização para barrar o REUNI. Também se deliberou pela construção e participação da marcha à Brasília no dia 24 de outubro, em parceria com o ANDES.

No final do congresso, os estudantes, mesmo cansados pela maratona exaustiva de discussões, deram mais uma mostra de democracia e de esforço na construção de uma saída unitária pro movimento estudantil combativo, que possa superar a burocracia e o peleguismo da UNE. Os estudantes aprovaram, como resolução, a participação do DCE nos fóruns da CONLUTE enquanto observador. Uma grande vitória para todos os atvisitas, rumo a uma nova direção para um novo movimento estudantil, surgido das ocupações que incediaram o primeiro semestre. Como saldo do congresso, o governo, junto com seus agentes da direção majoritária da UNE, saem derrotados. Agora é ampliar a mobilização contra o REUNI, e realizar em toda a universidade assembléias por cursos, que apontem a luta contra o decreto do governo. Agora é preparar a marcha a Brasília e barrar o REUNI no Brasil inteiro!
CONLUTAS-RS ORGANIZA ATIVIDADE PARA DEBATER A SITUAÇÃO DO HAITI.



PARTICIPE!

24 de set. de 2007

É hora de barrar o REUNI de Lula!

No marco da Contra-ofensiva que o movimento estudantil vem protagonizando desde a formação da Frente de Luta Contra a Reforma Universitária e a vitória da greve da USP, estudantes das universidades federais de todo o país entram em guerra contra o REUNI. No dia 24 de Abril do presente ano, o presidente Lula instituiu, através do decreto 6.096, o REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais).
Parte da Reforma Universitária de Lula, o REUNI significa o ataque mais ousado do governo Lula, até aqui, contra a Universidade Pública. Com essa medida Lula esperava decretar o fim do ensino superior federal no Brasil. Não por acaso.
De fato o REUNI ao promover mudanças estruturais nas instituições federais de ensino superior, significará a morte da Universidade pública, gratuita e de qualidade.

O decreto de Lula

O decreto de Lula se baseia em uma série de medidas que tem como objetivo coroar o projeto de privatização e sucateamento das Universidades Federais, que vem se desenvolvendo a mais de uma década em nosso país. Por trás do pomposo nome (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), o decreto esconde um conjunto de metas, que se implementadas transformarão as Universidades Federais em verdadeiros escolões de 3º grau, sem pesquisa, sem extensão, sem produção de conhecimento. Logo no artigo 1º em seu parágrafo 1º o decreto diz a que veio: “§ 1o O Programa tem como meta global a elevação gradual da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais para noventa por cento e da relação de alunos de graduação em cursos presenciais por professor para dezoito, ao final de cinco anos, a contar do início de cada plano.”
Em outras palavras o decreto prevê a elevação da taxa de conclusão da graduação para 90% nas universidades federais. Se levarmos em conta que hoje a taxa de conclusão média é de apenas 60%, e que o aumento da taxa, em 30%, se realizará sem o aumento do orçamento para as IFES (Instituições Federais de Ensino Superior) como um todo, podemos concluir que, muito provavelmente, o projeto do governo iniciará as aprovações automáticas nas Universidades Federais.
Além disso, o parágrafo 1º do artigo 1º estabelece a meta de um professor para cada 18 alunos. Levando em conta que atualmente a relação média nas IFES é de um para 10, podemos concluir que a meta do governo é praticamente dobrar o número de estudantes em cada sala de aula, sem aumentar o número de professores. Vale dizer que segundo as estatísticas do MEC/INEP, a relação de um para 18 é equivalente à que se verifica em média nas superlotadas classes do Ensino Médio nacional. Não há dúvida. O governo quer fazer com o ensino público superior o que seus antecessores fizeram ao ensino médio. Vale dizer que segundo os dados do próprio MEC, o governo quer aumentar dois índices que são inversamente proporcionais.
Ao analisarmos o quadro das IFES no país, podemos observar que as Universidades Federais que possuem um número maior de professores em relação ao número de alunos, são as que possuem o maior percentual de concluintes na graduação. É natural que seja assim, se há mais professores, há melhor qualidade de ensino, e por conseqüência mais alunos se formam. O governo quer dobrar o número de alunos, sem aumentar o de professores, e ao mesmo tempo elevar em 30% a taxa média de concluintes. Não há dúvidas que se trata de estabelecer a aprovação automática. O REUNI possibilitará o aumento em 89% do número de estudantes a ingressarem na Universidade Pública e aumentará em 182% o número de concluintes. Infelizmente, apesar do que alardeia o governo, não significará aumento no orçamento das IFES de conjunto.

A guerra contra o REUNI já começou

Se o governo estava achando que seria fácil instituir o REUNI nas universidades se enganou. Para ser implementado nas universidades, o REUNI precisa ser aprovado nos conselhos universitários de cada instituição. Já no primeiro semestre o movimento estudantil demonstrou a sua força ocupando várias reitorias pelo país e adiando a aprovação do REUNI em várias federais, como na UFJF e na UFRJ.
O governo Lula, acuado, se viu obrigado a adiar o conflito, postergando a data limite para que as universidades aprovem sua entrada no programa para o dia 15 de outubro. Mas desde já o movimento estudantil está protagonizando uma série de lutas com o objetivo de impedir a adesão das diferentes universidades federais ao programa do governo.
Na UFSC os estudantes ocuparam a reitoria por mais professores e contra o REUNI. A ocupação terminou com a conquista de uma parte da pauta dos estudantes, e com clima de muita empolgação para impedir a adesão ao REUNI. Recentemente os estudantes da UNIR ocuparam a reitoria um dia antes da data marcada para a adesão ao REUNI. A reitoria foi obrigada a recuar, adiando a adesão ao programa e estabelecendo um calendário de discussões.
Na UFF e na UFPR já estão ocorrendo assembléias e em várias delas os estudantes estão se posicionando contrários ao REUNI. Os estudantes da UFRJ realizaram um ato com 200 estudantes contra o REUNI no dia 13 de setembro e já estão programando novas manifestações. Várias executivas de curso e DCEs estão discutindo ações em seus encontros e congressos. Assim a luta contra o REUNI vai ganhando força nas universidades e angariando o apoio dos estudantes. A ação dos estudantes da UNIR e da UFSC se soma as ocupações realizadas durante o primeiro semestre e aos demais atos que estão ocorrendo atualmente e mostra que só através da nossa mobilização e organização seremos capazes de derrotar o REUNI.

A UNE do outro lado da trincheira

Infelizmente mais uma vez a União Nacional dos Estudantes (UNE) optou em ficar do lado do governo e contra os estudantes. É mais uma traição histórica dessa entidade que, desde que começou o governo Lula, defende a política de privatização e sucateamento da universidade pública. Ao sair em defesa do REUNI a UNE mostra que está morta como instrumento de luta dos estudantes, e que cumpre o papel de defender os interesses do governo no movimento estudantil. Mais uma vez o movimento estudantil combativo terá de organizar a luta por fora da UNE e contra a burocracia dessa entidade.
Preparar a construção de uma greve nacional contra o REUNI Todas as iniciativas que estão sendo construídas contra o REUNI são muito importantes. Mas é preciso ter claro que para barrar o ataque do governo o movimento estudantil, junto com docentes e servidores, precisará construir uma greve nacional da educação. Para que essa greve tenha força e seja bem sucedida é preciso discutir com cada estudante a gravidade do ataque do REUNI e a necessidade de construir uma greve para barrá-lo.
Os professores já começaram essa discussão. O ANDES-SN (Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior – Sindicato Nacional) aprovou indicativo de greve para a última semana de setembro. Até lá, o movimento estudantil deve organizar assembléias, debates e atos, tudo com o objetivo de fortalecer a construção de um amplo movimento contra o REUNI.
A Conlute jogará todos os seus esforços na construção desse movimento com o objetivo de construir uma greve capaz de derrotar o plano do governo de liquidação da universidade pública. Mais do que nunca se mostra a necessidade de que o movimento estudantil avance para a construção de uma nova ferramenta de luta. A traição da UNE deixa claro que não é mais possível contar com essa entidade. Por isso a Conlute está chamando todos os lutadores do movimento estudantil a construir uma nova entidade nacional, que possa organizar nossas lutas e conduzir nossa esperança.
É hora de barrar o REUNI de Lula!

No marco da Contra-ofensiva que o movimento estudantil vem protagonizando desde a formação da Frente de Luta Contra a Reforma Universitária e a vitória da greve da USP, estudantes das universidades federais de todo o país entram em guerra contra o REUNI.

No dia 24 de Abril do presente ano, o presidente Lula instituiu, através do decreto 6.096, o REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais). Parte da Reforma Universitária de Lula, o REUNI significa o ataque mais ousado do governo Lula, até aqui, contra a Universidade Pública. Com essa medida Lula esperava decretar o fim do ensino superior federal no Brasil. Não por acaso. De fato o REUNI ao promover mudanças estruturais nas instituições federais de ensino superior, significará a morte da Universidade pública, gratuita e de qualidade.

O decreto de Lula

O decreto de Lula se baseia em uma série de medidas que tem como objetivo coroar o projeto de privatização e sucateamento das Universidades Federais, que vem se desenvolvendo a mais de uma década em nosso país.

Por trás do pomposo nome (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), o decreto esconde um conjunto de metas, que se implementadas transformarão as Universidades Federais em verdadeiros escolões de 3º grau, sem pesquisa, sem extensão, sem produção de conhecimento.
Logo no artigo 1º em seu parágrafo 1º o decreto diz a que veio: “§ 1o O Programa tem como meta global a elevação gradual da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais para noventa por cento e da relação de alunos de graduação em cursos presenciais por professor para dezoito, ao final de cinco anos, a contar do início de cada plano.”

Em outras palavras o decreto prevê a elevação da taxa de conclusão da graduação para 90% nas universidades federais. Se levarmos em conta que hoje a taxa de conclusão média é de apenas 60%, e que o aumento da taxa, em 30%, se realizará sem o aumento do orçamento para as IFES (Instituições Federais de Ensino Superior) como um todo, podemos concluir que, muito provavelmente, o projeto do governo iniciará as aprovações automáticas nas Universidades Federais.

Além disso, o parágrafo 1º do artigo 1º estabelece a meta de um professor para cada 18 alunos. Levando em conta que atualmente a relação média nas IFES é de um para 10, podemos concluir que a meta do governo é praticamente dobrar o número de estudantes em cada sala de aula, sem aumentar o número de professores. Vale dizer que segundo as estatísticas do MEC/INEP, a relação de um para 18 é equivalente à que se verifica em média nas superlotadas classes do Ensino Médio nacional. Não há dúvida. O governo quer fazer com o ensino público superior o que seus antecessores fizeram ao ensino médio.

Vale dizer que segundo os dados do próprio MEC, o governo quer aumentar dois índices que são inversamente proporcionais. Ao analisarmos o quadro das IFES no país, podemos observar que as Universidades Federais que possuem um número maior de professores em relação ao número de alunos, são as que possuem o maior percentual de concluintes na graduação. É natural que seja assim, se há mais professores, há melhor qualidade de ensino, e por conseqüência mais alunos se formam. O governo quer dobrar o número de alunos, sem aumentar o de professores, e ao mesmo tempo elevar em 30% a taxa média de concluintes. Não há dúvidas que se trata de estabelecer a aprovação automática.

O REUNI possibilitará o aumento em 89% do número de estudantes a ingressarem na Universidade Pública e aumentará em 182% o número de concluintes. Infelizmente, apesar do que alardeia o governo, não significará aumento no orçamento das IFES de conjunto.

A guerra contra o REUNI já começou

Se o governo estava achando que seria fácil instituir o REUNI nas universidades se enganou. Para ser implementado nas universidades, o REUNI precisa ser aprovado nos conselhos universitários de cada instituição. Já no primeiro semestre o movimento estudantil demonstrou a sua força ocupando várias reitorias pelo país e adiando a aprovação do REUNI em várias federais, como na UFJF e na UFRJ.

O governo Lula, acuado, se viu obrigado a adiar o conflito, postergando a data limite para que as universidades aprovem sua entrada no programa para o dia 15 de outubro. Mas desde já o movimento estudantil está protagonizando uma série de lutas com o objetivo de impedir a adesão das diferentes universidades federais ao programa do governo.

Na UFSC os estudantes ocuparam a reitoria por mais professores e contra o REUNI. A ocupação terminou com a conquista de uma parte da pauta dos estudantes, e com clima de muita empolgação para impedir a adesão ao REUNI.

Recentemente os estudantes da UNIR ocuparam a reitoria um dia antes da data marcada para a adesão ao REUNI. A reitoria foi obrigada a recuar, adiando a adesão ao programa e estabelecendo um calendário de discussões.

Na UFF e na UFPR já estão ocorrendo assembléias e em várias delas os estudantes estão se posicionando contrários ao REUNI. Os estudantes da UFRJ realizaram um ato com 200 estudantes contra o REUNI no dia 13 de setembro e já estão programando novas manifestações. Várias executivas de curso e DCEs estão discutindo ações em seus encontros e congressos.

Assim a luta contra o REUNI vai ganhando força nas universidades e angariando o apoio dos estudantes. A ação dos estudantes da UNIR e da UFSC se soma as ocupações realizadas durante o primeiro semestre e aos demais atos que estão ocorrendo atualmente e mostra que só através da nossa mobilização e organização seremos capazes de derrotar o REUNI.

A UNE do outro lado da trincheira

Infelizmente mais uma vez a União Nacional dos Estudantes (UNE) optou em ficar do lado do governo e contra os estudantes. É mais uma traição histórica dessa entidade que, desde que começou o governo Lula, defende a política de privatização e sucateamento da universidade pública.

Ao sair em defesa do REUNI a UNE mostra que está morta como instrumento de luta dos estudantes, e que cumpre o papel de defender os interesses do governo no movimento estudantil. Mais uma vez o movimento estudantil combativo terá de organizar a luta por fora da

UNE e contra a burocracia dessa entidade.

Preparar a construção de uma greve nacional contra o REUNI
Todas as iniciativas que estão sendo construídas contra o REUNI são muito importantes. Mas é preciso ter claro que para barrar o ataque do governo o movimento estudantil, junto com docentes e servidores, precisará construir uma greve nacional da educação. Para que essa greve tenha força e seja bem sucedida é preciso discutir com cada estudante a gravidade do ataque do REUNI e a necessidade de construir uma greve para barrá-lo.

Os professores já começaram essa discussão. O ANDES-SN (Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior – Sindicato Nacional) aprovou indicativo de greve para a última semana de setembro. Até lá, o movimento estudantil deve organizar assembléias, debates e atos, tudo com o objetivo de fortalecer a construção de um amplo movimento contra o REUNI.

A Conlute jogará todos os seus esforços na construção desse movimento com o objetivo de construir uma greve capaz de derrotar o plano do governo de liquidação da universidade pública. Mais do que nunca se mostra a necessidade de que o movimento estudantil avance para a construção de uma nova ferramenta de luta. A traição da UNE deixa claro que não é mais possível contar com essa entidade. Por isso a Conlute está chamando todos os lutadores do movimento estudantil a construir uma nova entidade nacional, que possa organizar nossas lutas e conduzir nossa esperança.


ATO CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA


DIA 25/09 (TERÇA - FEIRA)
ÀS 11h

EM FRENTE A PREFEITURA
DE PORTO ALEGRE

VENHA PRA LUTA, PARTICIPE!




5 de set. de 2007

ESTUDANTES DO JULINHO ORGANIZAM VIGILIA CONTRA A ENTURMAÇÃO!

O Colégio Julinho é uma das referências na luta contra a enturmação, foram realizados varios atos e uma grande passeata no dia 22 de agosto.
Mas os estudantes do Julinho continuam na luta, no dia 04/09 (terça-feira) iniciou uma vigilia em frente a escola. São cerca de 60 estudantes acampados em frente ao colégio.
Foi criado um comando de mobilização desde o inicio da luta contra a enturmação, que reune os lideres de turma, o Grêmio Estudantil e o Movimento Vamo Bate Lata - construindo a CONLUTE.
Na frente do colégio foi organizado um visual com faixas e cartazes, são 30 metros de faixa contra a politica do Governo Yeda/Mariza de atacar a educação pública. No Coreto da Praça Piratini, em frente do Julinho, foi exposto um caixão, para demonstrar o enterro da educação pública no estado.
A Vigilia continua, participe... logo disponibilizaremos fotografias da atividade.

3 de set. de 2007

RS REALIZA REUNIÃO DA CONLUTE

Ocorreu no dia 02/09 (domingo) as 15h na sede da CONLUTAS estadual, a reunião da CONLUTE - RS, estiveream presentes na reunião cerca de 23 pessoas, representando as seguintes entidades movimentos: UESC (União dos Estudantes de Santa Cruz), Grêmio estudantil Polivalente - Santa Cruz do Sul, Grêmio Estudantil Alfredo Kliemann - Santa Cruz, Grêmio do Colégio Parobé - POA, CASTA - PUCRS, DAGE-UFRGS, Dirigentes do CHIST -UFRGS, Movimento Vamo Batê Lata, Movimento Atittude Alternativa - UNISINOS, Movimento Contracorrente, Movimento FJI - Colégio Ceara - POA, Militantes do PSTU e do CMR.
A Reunião teve como pauta: finanças, calendário de lutas, organização. sobre finanças foi discutido a necessidade do movimento estudantil se autofinanciar, para isso a CONLUTE a nivel nacional esta organizando uma rifa, para arrecadar fundos. Sobre calendario foi discutido o Plebiscito Popular, as mobilizações contra a enturmação. também foi discutido e deliberado sobre a proposta de construção de um congresso da CONLUTE no mês de outubro de 2007, a proposta foi defendida pelos companheiros do DAGE-UFRGS e Grêmio do Colégio Parobé, contraria a esta proposta foi defendida pela UESC (União dos Estudantes de Santa Cruz) a necessidade de continuar as lutas nas escolas e universidades, priorizar as eleições sindicais e a marcha a Brasilia, por isso dfenderam a necessidade de construir um grande encontro de estudantes no primeiro semestre de 2008.
A reunião da CONLUTE decidiu pela realização e construção do encontro/congresso da CONLUTE no primeiro semestre de 2008 por maioria, contando com 6 votos favoraveis. A proposta de construção do encontro esta ano contou com 2 votos favoraveis.
Ficou definido que a proxima reunião da CONLUTE será realizada no dia 01 de outubro, as 18h na sede do Sindicaixa.

24 de ago. de 2007

PORTO ALEGRE 4 MIL, EM SANTA CRUZ 1500 ESTUDANTES NAS RUAS EM DEFESA DA EDUCAÇÃO!!!
Thais Lopes - Santa Cruz do Sul (RS)
No dia 22 (quarta-feira) ocorreu em Santa Cruz do Sul(RS) a passeata de estudantes e trabalhadores da região do Vale do Rio Pardo em defesa da educação pública, o ato fez parte da Jornada Nacional de Lutas organizada pela Conlutas, conlute e outras entidades.A mobilização contou com a participação de cerca de 1500 pessoas, trancando as principais avenidas de acesso ao centro e se encerrando em frente à cordenadoria regional de educação onde a coordenadora Gardenia enviou uma acessora para ser vaiada em seu lugar que inclusive falou de costas aos estudantes e trabalhadores por não suportar as vaias.O ato teve como alvo principal à luta contra o projeto de “enturmação” do governo Yeda (PSDB) que pretende fechar mais de mil turmas, demitir professores, fechar escolas e a manutenção do corte de 50% da verba pra educação.

Nós estudantes Santa Cruzenses provamos que só com a luta vamos barrar a enturmação, assim como fizemos recentemente com o aumento da passagem prometido pelo prefeito Wenzel e que com muitas manifestações conseguimos impedir!!!

Veja algumas fotos:



23 de ago. de 2007

4 MIL ESTUDANTES E TRABALHADORES EM DEFESA
DA EDUCAÇÃO E CONTRA A ENTURMAÇÃO!
Giovanni Mangia - Porto Alegre (RS)


Na última quarta-feira, 22, ocorreu em Porto Alegre (RS) a passeata de estudantes e trabalhadores em defesa da educação pública. O ato fez parte da Jornada Nacional de Lutas organizada pela Conlutas, Intersindical, Conlute, MST e outras entidades.A mobilização contou com a participação de cerca de 4 mil pessoas, trancando as principais avenidas de acesso ao centro da capital gaúcha e encerrando em frente ao Palácio Piratini, sede do governo estadual.

O ato unificado teve como alvo principal a luta contra o projeto de “enturmação” do governo Yeda Crusius (PSDB), que pretende fechar mais de mil turmas, demitir professores, fechar escolas e a manter o corte de 50% da verba pra educação.

Mas o ato também atacou Lula e as reformas neoliberais, pois, se é verdade que o governo do PSDB ataca a educação pública, também é verdade que o governo federal, do PT, é o principal responsável pela situação precária da educação no Brasil, pois investe apenas 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação – metade dos miseráveis 7% previstos como meta no Plano Nacional de Educação (PNE). Além disso, Lula segue pagando a divida “eterna”. Só em 2006, o governo gastou com juros e amortizações das dívidas externa e interna nada menos que R$ 275 bilhões, ou seja, 36,7% do orçamento.

A Conlute e a juventude do PSTU se concentraram na praça Piratini, em frente ao Colégio Julio de Castilhos (“Julinho”), a maior escola do estado. A concentração do Julinho foi a maior e mais animada de todo o ato, chegando a mais de mil estudantes. Ao chegar na Praça Argentina, onde estavam concentradas as outras entidades, inclusive a UNE e a Ubes, a passeata da Conlute e o Grêmio do Julinho cantavam: “Com Lula lá, Yeda aqui, só tem dinheiro pro FMI!” e “eu sou Conlute e ‘tô’ na ação, eu ‘tô’ na luta contra a enturmação”. Logo após, a coluna da Conlute uniu-se ao ato e seguiu em direção ao Palácio do Governo.

UNE e UBES tentam evitar críticas ao Governo Lula

A UNE e a Ubes, dirigidas pela União da Juventude Socialista (UJS), que representa a juventude do PCdoB, tentaram, durante todo o ato, evitar críticas a Lula, centrando fogo na luta contra Yeda e PSDB.Essas entidades não cansam de defender Lula e virar as costas para os estudantes. A recente onda de ocupações de reitorias em todo o país mostrou de que lado elas estão: do lado do governo. Quando vêm para a luta, é justamente para evitar que o movimento estudantil se mobilize contra os ataques de Lula à educação pública e aos direitos dos estudantes e trabalhadores.

Veja algumas fotos:









21 de ago. de 2007

ESTUDANTES E PROFESSORES
UNIDOS CONTRA A ENTURMAÇÃO!

PARTICIPE DO ATO CONTRA A ENTURMAÇÃO

E OS ATAQUES DE YEDA E LULA À EDUCAÇÃO PÚBLICA!

CONCENTRAÇÃO NO

COLÉGIO JULINHO

ÀS 9h30min

VENHA PRA LUTA, JUNTOS VENCEREMOS!!!!

Maiores Informações:

Tamyres - 84288430

Lucas Sena - 91370710

Giovanni Mangia - 81665166

20 de ago. de 2007

PARALISAÇÃO DE ESTUDANTES AGITOU A MANHÃ
DE SANTA CRUZ
DO SUL !!!

Por Thais Lopes - Santa Cruz do Sul


Hoje pela manhã estudantes das escolas Polivalente, Luiz Dourado e Rosário em Santa Cruz do Sul - RS, se negaram a entrar na sala de aula perante a medida de "ENTURMAÇÃO" da governadora Yeda que quer colocar 50 estudantes por sala de aula para " redistribuir" os professores, demitindo os professores que estão em contrato de emergência e economizar com a educação pública, os ataques de Yeda à educação não são de agora, as escolas públicas já vêm sobrevivendo com apenas 70 % da verba destinada à educação a bastante tempo, Yeda também já vinha sucateando o ensino com o projeto de municipalização que joga as escolas estaduais na mão dos municípios, assim abrindo espaço para privatização do ensino Público.. EDUCAÇÃO NÃO É GASTO É INVESTIMENTO !!!

A PARALISAÇÃO estudantes foi organizada pela UESC( União dos Estudantes Santa Cruzenses) e CONLUTE junto com os líderes de turma e grêmios estudantís destas escolas. Há muito tempo o descaso dos governos com a educação vêm nos afetando, disse uma estudante do colégio Polivalente.
Os estudantes também não esqueceram dos ataques do governo LULA que só nos primeiros quatro anos de governo cortou R$ 130 bilhões da educação e fez um " caco" de reforma universitária que cada vez afasta mais os estudantes da universidade pública, com odinheiro da compra de vagas nas universidades privadas, que só privilegia os tubarões do ensino, daria para dobrar o número de universidades públicas em todo país, esta também é uma reivindicação nossa, pois aqui em Santa Cruz não existe universidade pública federal.
Contra os ataques de LULA e YEDA continuaremos lutando em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade.

Quarta-feira tem mais mobilização e desta vez juntos, estudantes e trabalhadores vão tomar as ruas de Santa Cruz novamente fazendo uma grande manifestação de toda a região do vale do Rio Pardo no Rio Grande Sul!!!

13 de ago. de 2007

CONTRA A ENTURMAÇÃO
E os ataques de Lula e Yeda a educação!
Giovanni Mangia - Porto Alegre

Não é de agora que a educação pública vem sofrendo ataques por parte dos governos estaduais e do Governo Lula. No Rio Grande do Sul, a Governadora Yeda Crusius (PSDB), vem aplicando sua política de “choque de gestão” cortando verbas das áreas sociais e mantendo o arrocho salarial dos servidores públicos. Mas por outro lado segue com sua política de incentivos ficais as grandes empresas e o pagamento da divida com a união.

Recentemente o Governo Yeda, através da Secretária Estadual de Educação, Mariza Abreu, anunciou a política de “enturmação”, seu novo ataque à escola pública, que tem como meta fechar mil turmas em todo estado, criando novas turmas de 50 estudantes nas escolas, mantendo o corte de 50% do repasse das verbas do Estado para as escolas e sua situação precária, pois faltam professores, funcionários e os prédios das escolas estão cada vez mais sucateados com infiltrações e falta de segurança.

A política de enturmação do governo Yeda/Mariza é a expressão máxima da falta de compromisso dos governos com a educação pública, pois ao invés de contratar mais professores e funcionários de escolas para suprir as necessidades, o Governo do Estado prefere fechar mil turmas e entulhar os estudantes nas salas de aula para redistribuir professores, além disso a meta da SEC é demitir os professores que estão em contrato de emergência para diminuir a folha de pagamento.

Mas as escolas começam a se mobilizar contra o projeto do Governo, assembléias de professores e estudantes, atos na frente das escolas e paralisações fazem parte do calendário de lutas, os professores já definiram estado de greve em assembléia geral da categoria. No interior do estado os estudantes saem às ruas, em Santa Cruz do Sul a UESC (União dos Estudantes de Santa Cruz do Sul), entidade que faz parte da CONLUTE, organizou um ato na cidade no dia 07 que contou com a presença de cerca de 500 estudantes contra a política de enturmação e contra os ataques de Lula e Yeda a educação pública.


Em Porto Alegre, no dia 09, se realizaram vários atos descentralizados nas escolas, reunindo mais de mil estudantes, foram bloqueada três avenidas importante da cidade, no Colégio Julio de Castilhos, o maior colégio do Estado, os estudantes deliberaram em Assembléia Geral estado de greve, além disso, definiram um calendário de mobilização para as próximas semanas, a Juventude do PSTU e o Movimento Vamo Batê Lata – Construindo a CONLUTE esta na linha dessas mobilizações e na concretização do calendário de lutas aprovado nas escolas e na construção de um grande ato no dia 22 de agosto em defesa da educação pública.

9 de ago. de 2007

RS: Estudantes se mobilizam
Contra os ataques à educação!


Não é de agora que a educação pública vem sofrendo ataques por parte dos governos estaduais e do Governo Lula. No Rio Grande do Sul, a Governadora Yeda Crusius (PSDB), vem aplicando sua política de “choque de gestão” cortando verbas das áreas sociais e mantendo o arrocho salarial dos servidores públicos. Mas por outro lado segue com sua política de incentivos ficais as grandes empresas e o pagamento da divida com a união.

Recentemente o Governo Yeda, através da Secretária Estadual de Educação (SEC), Mariza Abreu, anunciou a política de “enturmação”, seu novo ataque à escola pública, que tem como meta fechar mil turmas em todo estado, criando novas turmas de 50 estudantes nas escolas, mantendo o corte de 50% do repasse das verbas do Estado para as escolas e sua situação precária, pois faltam professores, funcionários e os prédios das escolas estão cada vez mais sucateados com infiltrações e falta de segurança.

A política de enturmação do governo Yeda/Mariza é a expressão máxima da falta de compromisso dos governos com a educação pública, pois ao invés de contratar mais professores e funcionários de escolas para suprir as necessidades, o Governo do Estado prefere fechar mil turmas e entulhar os estudantes nas salas de aula para redistribuir professores, além disso a meta da SEC é demitir os professores que estão em contrato de emergência para diminuir a folha de pagamento.

Mas as escolas começam a se mobilizar contra o projeto do Governo, assembléias de professores e estudantes, atos na frente das escolas e paralisações fazem parte do calendário de lutas, os professores já definiram estado de greve em assembléia geral da categoria. No interior do estado os estudantes saem às ruas, em Santa Cruz do Sul a UESC (União dos Estudantes de Santa Cruz do Sul), entidade que faz parte da CONLUTE, organizou um ato na cidade no dia 07 que contou com a presença de cerca de 500 estudantes contra a política de enturmação e contra os ataques de Lula e Yeda a educação pública.

Em Porto Alegre, no dia 09, se realizaram vários atos descentralizados nas escolas, reunindo mais de mil estudantes, foram bloqueada três avenidas importante da cidade, no Colégio Julio de Castilhos, o maior colégio do Estado, os estudantes deliberaram em Assembléia Geral estado de greve, além disso, definiram um calendário de mobilização para as próximas semanas, a Juventude do PSTU e o Movimento Vamo Batê Lata – Construindo a CONLUTE esta na linha dessas mobilizações e na concretização do calendário de lutas aprovado nas escolas e na construção de um grande ato no dia 22 de agosto em defesa da educação pública.

CONTRA A ENTURMAÇÃO!
CONTRA OS ATAQUES DE LULA E YEDA A EDUCAÇÃO!

7 de ago. de 2007

CONTRA A
ENTURMAÇÃO!

FORA MARIZA!


O Governo Yeda seguindo sua politica de ataques a educação pública, esta implementando seu projeto de redução de gastos. Sua primeira medida é a manutenção do corte de 50% do dinheiro repassado as escola para garantir seu funcionamento, recentemente o Governo do Estado anunciou mais um ataque ao ensino público, a Secretária da Educação, Mariza Abreu, esta implementando a politica de "enturmação", ou seja, juntar as turmas que tem 15 ou 20 estudantes e formar turmas de 50 alunos.
A meta da SECé fechar mil turmas em todo estado, para reorganizar a distribuição de professores e demitir os professores contratados, como já esta acontecendo no interior do estado, reduzindo assim a folha de pagamento.
Essas meditas aplicas por Yeda e Mariza fazem parte de uma politica global de ataque a educação pública, o Governo Lula também vem atacando a educação, financiando as universidades privadas e incentivando o ensino à distância com a Reforma Universitária que esta sendo implementada. O Goveno Lula ataca a educação através do corte de verbas e sua politica de privatização do ensino. No Brasil de Lula só não falta dinheiro para corrupção e para os banqueiros, pois a educação, saúde, transporte, etc. esta um verdadeiro caos!
Nós do Movimento Vamo Batê Lata - Construindo a CONLUTE, estamos mobilizando os estudantes contra o projeto de "enturmação" de Yeda e Mariza, já esta definido um calendário de mobilização contra os ataques a educação pública, no dia 22 de agosto vamos sacudir Porto Alegre com uma grande passeata em defesa da educação pública, Contra a enturmação e pelo Fora Mariza!
Participe das atividades e venha para o Movimento Vamo Batê Lata - Construindo a CONLUTE

2 de ago. de 2007

REUNI: UM ATAQUE À QUALIDADE E À AUTONOMIDA DAS UNIVERSIDADES
Thiago Matos - Estudante de Ciências Sociais da UFRGS

Os estudantes e o povo brasileiro têm mais um motivo para lutar contra o governo. Em abril deste ano, Lula passou o decreto 6,096, que institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais - REUNI. Trata-se de mais um ataque ao ensino superior público. É a reforma universitária colocada em prática. O seu objetivo é claro: sucatear ainda mais a qualidade de ensino, formando uma mão de obra desqualificada para atuar num mercado de trabalho precarizado.

Logo no 1º artigo, o decreto estabelece que a meta do governo é expandir o número de vagas das universidades, "melhor aproveitando" os recursos pessoais e materiais já existentes. Ou seja, não se trata de ampliação de vagas através da construção de novas unidades e da contratação de professores e técnicos. No § 1º, podemos ver de que forma se pretende dobrar o número de ingressos nas úniversidades. Atualmente, a relação aluno/professor é de 11,3 estudantes para cada docente. A solução encontrada foi a de elevar este índice para 18 alunos para cada professor. As conseqüências são salas de aula superlotadas e um completo descaso com a pesquisa e a extensão. Ainda no § 1º, o REUNI estabelece como meta a elevação da taxa de conclusão média dos cursos para 90%. Deixa-se de lado a preocupação com a qualidade da formação acadêmica e profissional do discente para incorporar o mecanismo de aprovação automática.

CICLOS BÁSICOS

A destruição da qualidade de ensino das universidades federais não para por aí. No 2º artigo, o governo demonstra toda a sua "preocuapação" com a formação precoce do estudante. Para tanto, o REUNI buscou no projeto UniNova (Universidade Nova) a solução: a incorporação dos bacharelados integrados (BIs), institucionalizando os ciclos básicos. O ingressante no ensino superior federal terá de optar entre quatro diferentes formações básicas, divididas em artes, ciências, humanidades ou tecnologia. O concluinte torna-se bacharel em uma destas áreas. A pergunta que nos resta é a seguinte: sem nenhum tipo de especialização, onde o bacharel em humanidades, por exemplo, encontrará emprego? Estes ciclos deverão ter a duração de dois a três anos. Após a formação básica (FB), o discente escolherá a sua formação específica (FE), como a Medicina. Entretanto, somente 50% dos concluintes do ciclo básico poderão especializar-se em cursos que durarão de 4 a 5 anos. Durante a FB, os discentes concorreram o tempo todo com seus colegas para uma vaga na FE (ex.: medicina). Este método está em perfeita sintonia com a moral da sociedade capitalista, que obriga os indivíduos a passarem uns por cima dos outros.

AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA

As universidades federais têm cinco anos para entrarem no programa. O governo, de forma mentirosa, promete um adicional de 20% no orçamento de cada instituição ao ingressarem no REUNI.

Trataria-se de um "adicional" para custear as demandas de expansão previstas no programa. Entretanto, o penúltimo artigo do decreto estabelece de onde virá este "bônus". Estes 20% saírão do mesmo orçamento já destinado às universidades federais. Ou seja, não se trata de verbas adicionais para as universidades que se incorporarem ao REUNI, e sim 20% a menos para as que não se enquadrarem no programa. Não restam muitas escolhas às instituições federais de ensino superior (IFES). Na prática, é a liquidação de sua autonomia. O REUNI NA UFRGS No mês de julho, o reitor da UFRGS participou de um seminário do Ministério da Educação em Brasília sobre a adoção do REUNI. Podemos esperar, já para este ano, a incorporação da nossa universidade no programa. Somente a nossa mobilização poderá derrotar mais este ataque do governo Lula. Assim como nós, estudantes da UFRGS, mostramos toda a nossa força durante a ocupação da reitoria, devemos mais uma vez nos mobilizarmos. Os colegas da UFRJ ocuparam a reitoria e barraram a implementação do REUNI em sua universidade. Nós podemos fazer a mesma coisa. Vamos à luta colegas
Estudantes da UEM destituem gestão do DCE !
Tiago Guapo, de Maringá (PR)

No dia 31 de julho, a insatisfação dos estudantes com a situação da direção do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UEM teve um fim. A entidade estava sendo dirigida pela Gestão Expressão (ligada à corrente Democracia Socialista, do PT). Os governistas além de não organizarem as lutas dos estudantes, não prestaram conta de cerca de R$ 40 mil e havia suspeita de desvio de dinheiro. Eles estavam com o mandato vencido desde maio de 2007.

A falta de democracia também foi a marca deste grupo, que não realizou nenhuma assembléia. Quando chamou um Conselho de Centros Acadêmicos (CEEB, em dezembro de 2006) o abandonou, por não conseguir aprovar suas posições. E (pasmem!) num um ato realizado no semestre passado, um coordenador chamou a polícia contra mais de 150 estudantes que foram exigir explicações da direção da entidade.

Para organizar as lutas e discutir a situação do DCE, 26 centros acadêmicos autoconvocaram um CEEB (Conselho de Entidades Estudantis de Base), que foi realizado no último dia 28. Mesmo assim, a ex-direção do DCE foi informada e convocada. E mais uma vez não compareceu!

Neste Conselho, os Centros Acadêmicos aprovaram: 1) que a Gestão Expressão não fala mais em nosso nome; 2) uma pauta de reivindicações; 3) assembléia para 31 de julho, após o ato público que seria realizado em frente à reitoria.

Na Assembléia de 31 de julho, logo após a realização de um Ato em Defesa da Educação, mais de 400 estudantes entenderam que a direção do DCE, além de não ter legitimidade, também não tem legalidade, por estar com o mandato vencido. Por isso, foi aprovada a destituição dos governistas, formando uma comissão provisória que terá duas tarefas centrais: disponibilizar a estrutura e finanças do DCE para a organização das lutas e organizar a eleição para a entidade.

Também foi aprovada uma assembléia geral dos estudantes para o dia 2 de agosto, quando se discutirá uma posição frente à possibilidade de greve dos professores das Universidades Estaduais do Paraná. Depois da assembléia, os estudantes dirigiram-se até o DCE e deram posse à comissão provisória eleita democraticamente, que conta com a participação de cerca de 50 estudantes que a todo vapor estão organizando as lutas dos a partir do DCE.

25 de jul. de 2007

ESTUDANTES DO CURSO DE LETRAS DE TODO BRASIL, FAZEM CHAMADO A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ENTIDADE ESTUDANTIL!


A plenaria final, do XVIII Encontro Nacional dos Estudantes de Letras, realizado dos dias 15 a 22 de Julho em Curitiba, aprova por aclamação "Chamar a construção de uma nova entidade nacional com todos os estudantes em luta, já que a UNE não nos representa". A EXNEL foi a primeira Executiva a romper com a UNE, em 2005, em Recife, e desde então tem convocado uma grande unidade dos estudantes em luta para derrotar as Reformas Neoliberais do Governo lula. Em 2006 aprovamos participar e fortalecer a construção da "Frente Nacional de Luta Contra a Reforma Universitária" e recentemente estivemos presentes na maioria das ocupações de Reitorias que ocorreram no país(USP, UFRJ, UFAL, UFPA, etc).
Agora, após o avanço do processo de Reforma Universitária com os decretos dos governos estaduais e federal e com mais uma traição da UNE com o apoio tirado no último Conune a esses ataques e por estar completamente afastada da realidade, das lutas e mobilizações estudantis a plenária final do Encontro Nacional dos Estudantes de Letras chama a construção de uma nova entidade e o impulsionamento de uma luta nacional pela anulação do decreto presidencial que institui o "REUNI" e o processo de Reforma Universitária, construindo calendário de mobilizações e ocupações pautado pela Frente Nacional de luta contra a Reforma e a ocupação da USP.
Foi aprovado também continuar a campanha por mais verbas públicas para as universidades públicas, Campanha de boicote ao ENADE/SINAES, oposição de esquerda ao Governo Lula, Pela retirada das tropas brasileiras do haiti, Pela autodeterminaçã o do povo haitiano, Pela Reestatização da Companhia Vale do Rio Doce, etc.
Sendo assim nossa Executiva caminha na construção do novo e no fortalecimento da unidade daqueles que lutam pelo ensino público desse país.

Rafael Nunes
Coordenador Geral pela Região Sudeste

18 de jul. de 2007

UMA VAIA HISTÓRICA!!!


17 de jul. de 2007

FIQUE LIGADO!!!!
PERIODO DE ISENÇÃO NO VESTIBULAR DA UFRGS VAI DO DIA 17/07 ATÉ 23/07!
Com a ocupação realizada pelos estudantes na Reitoria da UFRGS este ano, foi reduzido o valor da renda familiar para conseguir a isenção na inscrição do vestibular. Por isso se informe e solicite sua isenção no vestibular 2008.

16 de jul. de 2007

Esta no ar o Blog da UESC!

Visite blogdauesc.blogspot.com


NA USP E EM TODO O BRASIL ESTUDANTES SEGUEM EM LUTA CONTRA OS ATAQUES DO GOVERNO
Após ficarem 50 dias ocupados na reitoria da USP, estudantes garantem conquistas históricas. A luta agora continua com calendário aprovado na Plenária Nacional da Ocupação.No dia 03 de Maio do presente ano, mais de 300 estudantes ocuparam a reitoria da USP contra os decretos do governador José Serra. Naquele momento eles não poderiam prever que estavam prestes a protagonizar a maior luta do movimento estudantil dos últimos anos, encabeçando um processo nacional de mobilizações, ocupações e greves por todo o país. Foi a partir da ocupação da reitoria da USP que estudantes de todo o Brasil foram para a luta, realizando ocupações em várias universidades federais como UFRJ, UFAL, UFJF, UFMA, UFES, UFPA, UFRGS etc. As ocupações obtiveram importantes conquistas específicas, além de denunciarem o decreto de Lula que institui o REUNI, programa que ataca a qualidade do ensino público e põe fim a autonomia universitária. Enquanto os estudantes das federais ocupavam reitorias em todo o país, os estudantes das estaduais paulistas aumentavam a temperatura de sua luta. Deflagraram greve estudantil nas 3 universidades estaduais de São Paulo e ocuparam a diretoria de vários campi da UNESP. Servidores e docentes também entraram em greve, aumentando a força da mobilização. O resultado foi a vitória dos estudantes com um recuo do governador José Serra em importantes pontos dos decretos e a conquista de parte importante da pauta específica. Plenária Nacional prepara continuidade das lutas para o 2º semestreNo calor das mobilizações, os estudantes da USP aprovaram a construção de uma Plenária Nacional dos Estudantes em Luta a ser realizada na ocupação da USP no dia 16 de junho. A iniciativa dos estudantes da USP foi apoiada pelo Fórum de Executivas de Curso e a Frente Nacional de Luta Contra a Reforma Universitária. A Conlute também se somou a construção da Plenária, mobilizando centenas de estudantes para participar da atividade. A Plenária Nacional reuniu mais de 700 estudantes de 12 estados do país e aprovou um calendário de lutas. Agosto é mês de ocupar as universidades com os movimentos sociais, em Setembro será a vez de realizar o Plebiscito pela re-estatização da Vale do Rio Doce, e Outubro é mês de marcha a Brasília. Além disso, a Plenária aprovou a realização de um Encontro Nacional de Estudantes no 2º semestre deste ano. Como se vê, a luta está apenas começando.
Confira abaixo as conquistas das estaduais paulistas e as resoluções da Plenária Nacional.
Conquistas das estaduais paulistas:
- Não punição de nenhum estudante ou funcionário envolvido na greve e na ocupação;
- Construção do V Congresso Geral da USP com pauta única (Estatuinte), para reformular o estatuto da universidade em elaboração com os três setores
– estudantes, funcionários e professores. O Congresso fará parte do calendário oficial da universidade e será fisicamente garantido pela reitoria;
- Construção de 384 novas moradias estudantis e liberação de R$ 500 mil para reformas nas moradias que já existem;
- Reuniões para discutir a reforma dos prédios da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e da Faculdade de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional (FOFITO);
- Café da manhã e alimentação aos domingos;
- Ampliação do transporte interno do campus;
- Discussão acerca do jubilamento;
- Um prazo de 120 dias para que as unidades informem a necessidade de contratação de docentes.
Resoluções da Plenária Nacional em Defesa da Educação:
• Contra a reforma universitária de Lula e FMI!
• Abaixo os decretos estaduais e o decreto de Lula (REUNI), que ferem a autonomia das Universidades!
• Educação não se faz por decreto! Em defesa da autonomia universitária!
• Mais verbas públicas para a educação pública!
• Diretas Já para reitor, diretor de unidade e conselhos, sem necessidade de titulação! Fim da lista tríplice!
• Estatização das Universidades privadas! Expansão das vagas nas públicas!
• Pela constituição de uma política nacional para assistência estudantil!
• Pela realização de congressos estatuintes tripartites paritários que questionem a estrutura de poder nas Universidades!
• Luta pela educação pública básica e, a partir da escola pública básica de qualidade, o conseqüente fim do vestibular!
• Realizar grupos de discussão sobre os ataques às Universidades e à educação, com objetivo de produzir textos sobre o tema!
• Organizar a luta contra as opressões junto com os trabalhadores!
• Passe livre já para os estudantes e desempregados!
• Fora fundações privadas da Universidade!
• Todo apoio à greve dos servidores técnico-administrativos federais! Contra a Reforma da Previdência de Lula, o PAC e o PLP 01/07! Contra a transformação dos Hospitais Universitários em fundações estatais!
• Contra o fim do direito de greve!
• Todo apoio às ocupações de reitorias!
• Adesão à campanha da Conlutas contra a criminalização dos movimentos sociais, em defesa de todos os estudantes e trabalhadores ameaçados por perseguições e/ou demissões, citando todos os casos concretos que estão acontecendo!
• Buscar apoio da Conlutas, Intersindical, parlamentares, intelectuais, partidos de esquerda, etc. para essa campanha!
• Que as entidades estudantis façam cartazes, boletins e adesivos para impulsionar essa campanha!
• Colocar a luta contra a repressão/punições como um dos eixos dos atos e ocupações de todo o país!
• Unir a esquerda para retomar as entidades de base!
• Fortalecer a frente nacional de luta contra a reforma universitária!
• Fortalecer e impulsionar os comitês da frente em cada Universidade!
• Encaminhar para a Frente Nacional de luta contra a reforma universitária organizar as propostas aprovadas nesta plenária!
Calendário de lutas aprovado:
• 13 de julho – ato nacional no PAN com o conjunto dos movimentos sociais
• 13 a 15 de agosto – semana nacional de ocupação das Universidades pelos movimentos sociais
• Terceira semana de agosto – dia nacional de lutas
• Semana do 07 de setembro – plebiscito sobre a reestatização da Vale do Rio Doce
• Semana de 18 a 22 de setembro – semana nacional de ocupações de reitoria
• Adesão à campanha de boicote ao ENADE
• Realizar um encontro nacional de estudantes no segundo semestre
• Propor as entidades estudantis e a Frente Nacional de Luta contra a Reforma Universitária que discutam e organizem esse encontro.
• Outubro – Marcha Nacional a Brasília
• Construir uma greve nacional da educação para derrotar os ataques do governo Lula!
Outras resoluções:
• Contra a cobrança de carteririnhas estudantis para estágios por parte dos conselhos profissionais!
• Realizar debates, grupos de estudos sobre o projeto de Universidade que o movimento estudantil combativo quer, de modo que ele seja alternativo à política educacional dos governos estaduais e do governo Lula!
• Fortalecer as executivas de curso e a FENEX!
• Contra a transposição do Rio São Francisco!
• Não ao aparelhamento do movimento estudantil por partidos políticos! Os partidos são bem vindos para apresentarem suas discussões!
• Pelo veto à emenda 3 que joga no ralo o direito dos trabalhadores!
• Aplicação das ações afirmativas (cotas) nas Universidades públicas, com proporção à população negra de cada estado!
• Contra a extinção do quadro dos técnico-administrativos de cargos como cozinheiro, segurança, etc! Não à terceirização!
Moções aprovadas:
• Repúdio à demissão dos 28 servidores de Maringá! Pela imediata reincorporação ao trabalho!
• Apoio à greve dos servidores da Fasubra!
• Repúdio a Silvio Sawaya, diretor da FAU/USP!
• Apoio aos estudantes que estão em luta pela redução das tarifas de ônibus em Florianópolis!
• Carta aberta aos professores das Universidades públicas paulista para que permaneçam mobilizados!
• Aviso ao governo de São Paulo e ao CRUESP: se houver punições o movimento vai responder com mais luta!

13 de jul. de 2007

Balanço do congresso da UNE
Um jogo de cartas marcadas...
... onde o vencedor é o governo

(parte II)
Thiago Hastenreiter, da Secretaria Nacional de Juventude do PSTU

Aconteceu entre os dias 5 e 8 de julho, em Brasília, mais um Congresso da UNE (CONUNE). Desde 2003, quando a entidade passou de malas e bagagens para o lado do governo, não se poderia esperar nada para além de resoluções e moções de apoio às diretrizes políticas e educacionais do Planalto.

A abertura do evento foi realizada no Senado Federal. O local não poderia ser apropriado. Afinal de contas é lá onde o PCdoB defende com unhas e dentes o "progressista" Renan Calheiros, atual símbolo da corrupção do país e ex-ministro da Justiça de FHC.

Também estiveram presentes na cerimônia figuras ilustres e inimigas históricas dos movimentos sociais. A sessão, presidida por Pedro Simon (PMDB-RS), contou com a participação dos senadores: Mão Santa (PMDB-PI), conhecido pela sua brutalidade contra os sem-terra; e Marconi Perillo (PSDB-GO), patrocinador oficial do CONUNE de 2005. Como se não bastasse, a mesa coordenadora acolheu até mesmo o deputado federal Efraim Filho (PFL-PB).

Depois de aprovar em seus sucessivos congressos o apoio a todas as versões apresentadas pelo MEC da reforma Universitária, ao 50º CONUNE, ficou incumbida a tarefa de comemorar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que limita para os próximos 10 anos o crescimento da folha salarial dos servidores públicos federais, mantém o salário mínimo de fome, avança nas privatizações e inicia a reforma da Previdência. Essa resolução é um duro golpe contra a atual greve dos técnico-administrati vos, que já alcançou 46 Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).

Sobre a vergonhosa ocupação das tropas do exército brasileiro no Haiti, o CONUNE não aprovou nenhuma linha sequer. Isso se deu por um motivo muito simples: o PCdoB faz parte do governo que oprime o povo haitiano a serviço do imperialismo norte-americano.

Um dos maiores ataques da história contra a universidade pública, denominado Universidade Nova, foi elaborado pelo reitor da UFBA, Naomar de Almeida Filho, e transformado em Decreto pelo presidente Lula em abril de 2007. O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), como também é conhecido, transforma o ensino superior público num grande escolão de curta duração, através da criação de ciclos básicos. Trata-se de um ataque tão sinistro, que o PCdoB não teve a coragem de defender abertamente tal programa. No entanto, se utilizou de uma manobra nem um pouco criativa, e ao invés de aprovar o apoio à Universidade Nova, o CONUNE deliberou pela Nova Universidade.

Se o CONUNE refletisse minimamente a realidade, a greve das estaduais paulistas, sobretudo a ocupação da USP, se faria presente em Brasília. Mas não foi isso o que aconteceu. A USP não enviou nenhum delegado ao CONUNE.

Diante de toda traição da direção majoritária da UNE, seria natural que a oposição de esquerda crescesse em seu interior. No entanto, a oposição diminuiu, enquanto a chapa formada pelo PCdoB, PT e MR-8 (PMDB) e PDT alcançou 72% dos votos. O PSOL, que tinha até então dois diretores na executiva da entidade, elegeu apenas um.

Os companheiros do PSOL admitem hoje que é impossível mudar os rumos da entidade. Portanto, torna-se cada vez mais necessária a construção de uma nova entidade independente, democrática e combativa. Essa tarefa deve ser assumida desde já pela Frente de Oposição de Esquerda da UNE (FOE), Conlute, Executivas de Curso e pelos milhares de estudantes que protagonizaram as lutas em defesa da universidade pública contra o governo Lula.

12 de jul. de 2007

Abaixo reproduzimos a carta aberta do Movimento Vamo Bate Lata no Julinho a Diretoria do Grêmio Estudantil do Colégio. O Julinho sempre foi um colégio com tradição de ser democratico e referência pro movimento estudantil gaúcho, por esse motivo publicamos essa polêmica. reiteramos desde já que o Blog Luta Estudantil esta aberto e disponivel a Juventude Revolta (corrente interna do PSOL que dirige o Grêmio do Julinho) caso venha responder a carta dos estudantes do Julinho que se organizam no Movimento Vamo Bate Lata.

Carta Aberta a Diretoria do Grêmio Estudantil do Julinho
QUEREMOS RESPEITO E DEMOCRACIA
NO GRÊMIO ESTUDANTIL!

Somos estudantes do Julinho e fazemos parte do Movimento Vamo Bate Lata! Nas ultimas eleições do Grêmio Estudantil alguns de nós participaram da Chapa Força Juliana, mas antes das eleições fizemos o chamado a unidade de todos os estudantes que queriam lutar em defesa da educação pública, principalmente os colegas que estavam construindo a chapa Revolta Juliana. Fizemos este chamado, pois acreditamos que não existem grandes diferenças políticas entre nós para se dividir em duas chapas, pois ambas as chapas eram contra os ataques à educação pelos governos Lula e Yeda, defendiam um Grêmio de luta, eram contra a UNE e UBES governistas, entre outros pontos que poderiam selar nossa unidade... Mas os integrantes da chapa Revolta Juliana não aceitaram e optaram pela divisão.
Este ano depois de muitas discussões, decidimos participar do grêmio estudantil, para construir a unidade e fortalecer o Grêmio do Julinho como entidade de luta e democrática, mas infelizmente estamos escrevendo este manifesto por identificar muitos problemas no que diz respeito à democracia interna no Grêmio Estudantil, por isso pedimos sua atenção.

Democracia não rima com exclusão!

Quando decidimos participar do Grêmio Estudantil acreditávamos no discurso de seus dirigentes de que a entidade “estava aberta para todos” e que o “no grêmio qualquer aluno pode participar”, para nós do Movimento Vamo Bate Lata é natural à pluralidade de opiniões e idéias, não acreditamos no pensamento único e sim na construção coletiva, mas ao entrar no Grêmio Estudantil enxergamos outra realidade, vimos que o discurso democrático não se concretizava na pratica, e que não passava de um jogo de marketing, pois quem pensa diferente e tem opinião própria é excluído.
Nós estudantes do Movimento Vamo Bate Lata ao tentar participar das reuniões do Grêmio Estudantil fomos rejeitados e muitas vezes humilhados por dirigentes da entidade. Proibiram os integrantes dos departamentos de nos convidar para as reuniões, fizeram reuniões escondidas ou terminavam as reuniões quando entravamos na sala do grêmio.
Mas mesmo com todas essas atitudes de alguns dirigentes da entidade, queremos participar e construir com unidade um grêmio estudantil de luta e democrático, fazemos um apelo aos integrantes da Juventude Revolta Juliana para reverter essa postura antidemocrática e excludente.

Queremos unidade na Luta e democracia no Grêmio Estudantil!


O que define se podemos ou não defender a unidade para lutar ou construir com unidade uma gestão, não é as afinidades pessoais, mas sim a afinidade política!
Mas não podemos negar que existe outra questão muito importante que defini se podemos fazer unidade ou não, essa questão é a democracia e o respeito entre os movimentos.
Nós do Movimento Vamo Bate Lata acreditamos que é possível existir um Grêmio Estudantil com dois movimentos, pois isso só fortalece o grêmio estudantil. Mas para isso tem que existir democracia, espaço de debate e tod@s integrantes do Grêmio Estudantil tem que ter os mesmos direitos e deveres, não pode ser que a diretoria defina tudo e que os integrantes dos departamentos só trabalhem e não participe das decisões.
O Grêmio Estudantil tem que ter reunião geral de estudantes, aberta a todos que queiram participar e construir o grêmio estudantil, nessas reuniões é natural que haja diferenças, mas como se resolve as diferenças? fugindo delas? Nós acreditamos que as diferenças sempre vão existir, por isso as reuniões devem votar as políticas e atividades que o grêmio deve fazer, a proposta que ganhar a votação, depois de debater muito bem cada proposta, é a que o Grêmio Estudantil deve aplicar. Isso para nós é democracia!

Seguiremos na luta pela unidade!

Escrevemos este manifesto para expor nossa indignação sobre o que vem acontecendo no Grêmio Estudantil, esperamos que essa postura excludente e antidemocrática acabe, para daí sim construirmos uma entidade democrática e de luta. Ainda é tempo de rever esta postura, nós do Movimento Vamos Bater Lata continuamos fazendo o chamado à unidade dos lutadores e o respeito às diversas opiniões no Julinho.
Por último achamos fundamental que a diretoria do Grêmio Estudantil convoque uma REUNIÃO GERAL para debatermos esse assunto.
Nas últimas semanas o Movimento Vamo Bate Lata propôs a construção de um Bate Papo sobre as cotas na UFRGS, e queríamos que o Grêmio Estudantil estivesse junto nesta luta, mas infelizmente a diretoria do grêmio não ajudou em nada! Mas mesmo assim organizamos 4 atividades para discutir as cotas raciais e sociais que reuniu cerca de 200 estudantes nos 3 turnos. Queremos fazer muitas atividades em conjunto, por isso pedimos respeito e democracia no Grêmio Estudantil! Seguimos fazendo o chamado a unidade dos que lutam no Julinho, esperamos resposta!

MOVIMENTO VAMO BATE LATA – JULINHO (JULHO 2007)

11 de jul. de 2007

ENTIDADE MUNICIPAL DOS ESTUDANTES DE SANTA CRUZ, LANÇA CAMPANHA EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA!!!


A UESC (União dos Estudantes de Santa Cruz do Sul) esta lançando acampanha S.O.S Educação - A educação pede socorro!, a campanha vai denunciar o descaso do Governo Yeda com as escolas públicas, mas também o Governo Lula como um dos principais responsaveis pela situação precaria da educação pública no Rio Grande do Sul e no Brasil.
A Campanha pretende atingir cerca de 10 mil estudantes na cidade, a UESC é uma das principais entidades municipais do estado e uma das poucas que tem eleições diretas para sua diretoria.
para acompanhar a campanha, acesse o blog da UESC : blogdauesc.blogspot.com

4 de jul. de 2007

ENFIM UMA PARADA LIVRE DIFERENTE
Por Tamyres Filgueira - Movimento Vamo Bate Lata


Era 15h do dia 01 de julho, um domingo de sol no parque da redenção em Porto Alegre, local que tradicionalmente acontecem as paradas GLBT, quando as pessoas começaram a se aglomerar em torno de um antigo caminhão de som com a bandeira do movimento DESOBEDEÇA – GLBT e da CONLUTAS. Era o ponto de encontro para a mini parada livre. Aos poucos o povo foi chegando e já éramos milhares. Tivemos que ficar esperando por um bom tempo para começar, pois o local não foi liberado pela prefeitura do PPS. Quando já era perto das 17h foi ligado o caminhão e anunciado a fala de Luciana Genro pelo PSOL e Vera Guasso pelo PSTU. Começava ai um novo momento do movimento GLBT. Depois de muito tempo estávamos participando de uma parada livre politizada. Vera em seu discurso lembrou que nosso partido luta contra a exploração, mas também contra a opressão, pois a burguesia usa os dois para continuar dominando.
A mini parada foi uma idéia do Grupo DESOBEDEÇA – GLBT, que recentemente decidiu pela sua filiação a CONLUTAS.Contrariando as paradas que esqueceram o caráter de protesto do dia 28 de junho, o dia internacional do Orgulho GLBT, a Mini Parada foi uma atividade politizada e vitoriosa que ocupou o vazio deixado pelas paradas festivas que irão acontecer somente em setembro e novembro próximos.
A mini parada mostrou que é possível fazer um dia de protesto e também de comemoração e diversão sem gastar muito dinheiro. Os pequenos custos que houveram foram financiados pelos sindicatos e demais movimentos que apóiam a luta contra a homofobia. Não foi necessário o dinheiro dos governos e de empresas.
Além de milhares da comunidade GLBT estavam presentes ativistas de sindicatos e do movimento estudantil, militantes do PSTU e do PSOL e da CONLUTAS. O PSTU soltou um manifesto onde colocava a necessidade de colocar a luta contra a homofobia com parte da luta geral contra o capitalismo e em unidade com os demais setores explorados e oprimidos.
Depois aconteceu uma caminhada até o Shopin Olaria, um local do Bairro Cidade Baixa, onde a comunidade GLBT se encontra e é intimidada e proibida de ficar no local caso não tenha dinheiro para consumir nos bares e lojas do recinto. No Olaria o DESOBEDEÇA homenageou 3 personalidades que desobedecem a lei e a ordem homofóbicas. Uma das homenageadas foi à companheira Vera Guasso pela defesa do movimento que a companheira fez durante as eleições de 2006 como candidata ao senado pela frente de esquerda.


Veja algumas fotos da mini-parada GLBT:













2 de jul. de 2007

UFRGS terá cotas raciais no próximo vestibular!
Tamyres Filgueira – Movimento Vamo Bate Lata

No dia 29 de junho ocorreu em Porto Alegre a votação no Conselho Universitário da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) do projeto de implementação da cotas raciais e sociais na universidade. A discussão das cotas raciais movimentou a universidade e abriu a discussão na sociedade, o movimento negro, sindical e estudantil favorável as cotas este mobilizado durante toda semana, um dia antes da votação já havia estudantes e trabalhadores acampados na reitoria da UFRGS, no dia da votação estavam presentes centenas de ativistas concentrados no saguão da reitoria.
Mas como era de se esperar, um grupo de estudantes contra as cotas convocou um ato no mesmo dia, mas o ato fracassou e dispersou antes de sair o resultado da votação. Durante a semana a sociedade gaúcha pode perceber o caráter racista do movimento contra as cotas na universidade, pichações ao redor da UFRGS com dizeres racistas como “lugar de negro é na cozinha do RU” deu o tom da disputa que estava colocado naquela semana.
Uma integrante do Conselho Universitário, a estudante Claúdia Thompson (contra as cotas) entrou na justiça pedindo uma liminar para impedir a votação. Mas a reitoria pressionada pelo movimento favorável as cotas consegui anular a liminar e colocou o projeto em votação.
Depois de 6 horas de discussão foi aprovado com 27 contrários e 43 votos favoráveis as cotas raciais e sociais na UFRGS, no próximo vestibular 30% das vagas por curso serão destinadas as cotas, sendo que 15% racial e 15% para estudantes de escola pública.

A luta contra o racismo continua!
Esse debate que estava no limite dos muros da universidade, se espalhou por toda sociedade e serviu para mostrar a divisão racial existente normalmente é mascarada, quando falamos de negros na UFRGS estamos falando de apenas 2% dos estudantes e 0,3% dos professores.
Esse debate mostra que o racismo é parte desta sociedade e assim como a opressão às mulheres é parte fundamental da exploração capitalista. Por isso nossa luta não se limita a lutar por cotas nas universidades, mas sim faz parte de uma luta mais global contra uma sociedade que utiliza a opressão as mulheres, negros e homossexuais para gerar lucro aos grandes empresários.
Nossa luta não é contra os brancos, mas sim contra uma classe que domina as riquezas e gera a exploração, nossa luta é pela construção de uma nova sociedade sem classes, sem exploração, sem racismo, sem homofobia e machismo, nossa luta é por uma sociedade é socialista!

29 de jun. de 2007

VAMO BATE LATA EM DEFESA DA EDUCAÇÃO!!!

Em Plenária realizada no CPERS - Sindicato no dia 28 de junho , estudantes de 7 escolas de Porto Alegre decidiram pela criação de um novo movimento de estudantes na cidade.
Surge o Movimento Vamo Bate Lata, este movimento já existia no Colégio Julio de Castilhos (Julinho) e agora passa a ser um movimento mais amplo de varias escolas de Porto Alegre.
O Principal objetivo do novo movimento é lutar em defesa da educação pública, contra os ataques dos Governos Lula, Yeda e Fogaça a juventude.
O Movimento Vamo Bate Lata também esta engajado na construção da CONLUTE (Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes) para fortalecer a luta dos estudantes a nivel nacional e ajudar na construção de uma nova entidade dos estudantes.
O Movimento iniciará uma serie de debates sobre conjuntura nacional e internacional, opresões e movimento estudantil, com a finalidade de elaborar um manifesto do movimento.
A Criação do Movimento Vamo Bate Lata em Porto Alegre é reflexo da unidade e das lutas estudantis que surgem nas escolas contra a situação precaria das escolas públicas.
A plenaria encerrou com muita unidade e animação, todos gritavam "Contra o governo do mensalão, vamo bate lata pela educação"

"Nas ruas, nas praças... quem disse que sumiu, aqui está presente o movimento estudantil"
Conselho Universitário aprova sistema de cotas na UFRGS

Percentual de vagas e as formas de ingresso ainda precisam ser votadas


O primeiro artigo do projeto que prevê a instalação do sistema de cotas para estudantes negros e egressos de escolas públicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (URFGS) foi aprovado no início desta tarde em votação no Conselho Universitário (Consun) por 43 votos a 27. Assim, o sistema de cotas já está garantido para o Vestibular 2008. Também ficou decidido que o sistema de cotas terá vigência por cinco anos, com avaliação ano a ano. Além disso, garantiu-se a destinação de 30% das vagas para estudantes negros, indígenas e egressos de escolas públicas. Desse total, a metade deve ser reservada para alunos que se declararem negros. Ontem, a votação do projeto de cotas foi adiada por uma liminar concedida pela Justiça Federal pela juíza Paula Beck Bohn, da Segunda Vara Federal de Porto Alegre, que entendeu que não foi cumprido o prazo estabelecido pelo regimento da universidade para os integrantes do Consun receberem e analisarem o projeto do Programa de Ações Afirmativas. O prazo é de cinco dias úteis.Porém, nesta manhã, a reitoria conseguiu reverter na Justiça Federal a liminar que impedia a votação sobre adoção do sistema de cotas. Um grupo a favor das cotas passou a madrugada em vigília na reitoria da UFRGS.


RÁDIO GAÚCHA



Entenda o novo projeto
Reserva de 30% das vagas de cada curso de graduação ou técnico para estudantes egressos de escolas públicas
Metade dessa reserva seria destinada àqueles que, além de terem estudado em escola pública, declararem-se negros
Essas cotas valeriam a partir do próximo vestibular, por cinco anos
Em 2013, o projeto poderia ser revisto
Veja um exemplo
Curso de Medicina
Total de vagas 140
98 vagas para os melhores classificados, independentemente de terem se declarado cotistas ou não 42 vagas reservadas para cotistas, sendo:
21 para egressos de escolas públicas
21 para egressos de escolas públicas que se autodeclararem negros
Como é o procedimento:
Para preencher as vagas, a UFRGS pré-classifica candidatos que acertaram pelo menos 30% do total de questões e não zeraram nenhuma das provas
Desses, no caso da Medicina, são corrigidas 560 redações (quatro candidatos para cada vaga, conforme regra da universidade).
As primeiras 98 vagas serão preenchidas pelos primeiros 98 colocados, não importa se concorreram como candidatos a cotas ou não.
As vagas restantes serão ocupadas pelos cotistas de escolas públicas - metade delas pelos que se declararem negros. Mesmo que haja candidatos com direito às cotas entre os 98 melhores posicionados, as 42 vagas restantes serão reservadas a outros cotistas.
Caso não haja cotistas suficientes entre as 560 redações corrigidas, as vagas serão oferecidas para a classificação geral.
Inscrição e matrícula
No momento da inscrição pela Internet, os alunos cotistas deverão assinalar que estudaram em escola pública e/ou são negros.
Os aprovados assinam a autodeclaração na hora da matrícula, sem necessidade da presença de uma comissão inter-racial, e apresentam certificado de conclusão e histórico escolar.
Projeto anterior
Previa 10% de cotas para negros em 2008, 15% em 2009 e 20% a partir de 2010. Propunha também reserva, nas mesmas proporções, para egressos de escolas públicas. A primeira reavaliação ocorreria somente em 2018.

28 de jun. de 2007


25 de jun. de 2007

Somos o 2° pais em população negra no mundo! 47% dos brasileiros são negros!!
Mas apenas 2% dos jovens negros estão em universidades...


Por que na UFRGS menos de 2% dos estudantes e 0,3% dos professores são negros? Por que em cursos como medicina, direito, psicologia, odontologia, informática, só vemos brancos?

Podemos usar as palavras e justificativas que quisermos pra amenizar, mas isso não é menos que APARTHEID!

A sociedade brasileira se formou sobre bases racistas, e a idéia de que negros e indígenas são inferiores aos brancos formou nossa cultura e moldou nossas instituições. Sofremos com um racismo estrutural que privilegia brancos em todas nossas relações e instituições. Mesmo que você ou eu nunca tenhamos pensado em termos raciais, todos nós tivemos nossas vidas moldadas dentro deste sistema de relações racistas. As vidas de todos nós, as nossas e a sua, foram construídas por este conjunto de relações que privilegiam brancos e prejudica, dia-a-dia, negros e indígenas.
E a universidade brasileira, por nunca ter atacado diretamente este racismo estrutural de nossa sociedade, reproduz e radicaliza, a exclusão de negros e indígenas. A meritocracia é uma mentira: se somos brancos, fomos privilegiados, mesmo que tenhamos trabalhado duro para chegar onde estamos. Se queremos realmente justiça aos méritos de cada um não temos saídas: ou criamos Ações Afirmativas, no sentido de atacar diretamente os pontos onde este racismo estrutural se manifesta e reproduz, ou eternamente veremos o abismos entre negros, indígenas e brancos se radicalizar...

O que são Ações Afirmativas?
São conjuntos de ações que têm como objetivo reparar os aspectos discriminatórios institucionais e sistêmicos que impedem o acesso de pessoas pertencentes a diversos grupos sociais às mais diferentes oportunidades. Considerando que estas populações sofrem diversos processos de exclusão estrutural, somente com ações estruturais de promoção específica de sua inclusão é possível reverter tal quadro.
Por que cotas? As cotas em universidades consistem em estabelecer uma reserva de vagas
para pessoas pertencentes a certos grupos, que ao longo de sua trajetória foram impedidos de acessar os recursos necessário para ingressar neste espaço.

NAO É FAVOR, É DIREITO!!

Negros e indígenas não precisam das cotas, entrar na universidade é seu direito. Quem precisa de cotas é a universidade, que tem um método tão excludente de seleção de alunos que, sem estabelecer para si mesma uma cota mínima de negros, indígenas e alunos de escolas públicas, acaba por sempre excluir estas populações.

E por que raciais?
As cotas raciais possibilitam diminuir as disparidades entre o grupo privilegiado, branco e os grupos excluídos, negros e indígenas. Além disso, falar de cotas estimula o debate sobre a discriminação racial, denuncia o absurdo de uma sociedade multiétnica, mas que contempla em suas universidades apenas o segmento branco. Através das cotas de recorte étnico-racial reverte-se esse quadro, agindo sobre as conseqüências da escravidão do negro e da expropriação e marginalização do indígena nesse país.
As Ações Afirmativas não são apenas uma forma de reparação histórica aos danos causados pelos brancos no passado. São medidas para combater a atualização destas estruturas racistas que continuam organizando a nossa sociedade hoje, perpetuando, assim, a segregação racial.

Uma outra forma de racismo...?
Pelo contrario, o debate sobre as cotas apenas evidencia a divisão racial existente, mas que normalmente é mascarada. Ao contrário do que se diz, esta política não fere o princípio da igualdade, pois defender as cotas é contribuir para pôr em prática este princípio constitucional. Possibilitar um acesso diferenciado a um grupo, devido ao modo como foi tratado ao longo da história, com menos oportunidades e em desvantagem, é uma tentativa de diminuir essa desigualdade e não de prolongá-la, garantindo estes direitos básicos. É assumir que existe uma desigualdade procurando repará-la. As cotas raciais não recriam as raças, apenas põem a mostra o câncer que destruía nossa sociedade às escondidas. Não se combate uma doença sem tomarmos consciência de que ela existe em nós. É duro, exige coragem, e muitas vezes, cortar na própria pele, mas você deixaria um câncer agindo em você apenas para não falar sobre ele?

Por que não instituir cotas apenas para escolas públicas?
Apesar de ser importante esse tipo de iniciativa, ela não atinge diretamente o problema do racismo. O seu caráter universalista não tem forca para atacar a questão. A idéia de políticas universalistas de inclusão é o ideal de todos nós, mas temos que reconhecer a realidade que temos: se você pegar os dados de todos os problemas sociais brasileiros universalmente atacados e com resultados positivos nos últimos anos (mortalidade infantil, alfabetização, geração de empregos, ACESSO À UNIVERSIDADE...), em todos você perceberá uma inclusão menor de negros e indígenas.

Não há como ser neutro nesta problemática. Manter o que temos, é manter privilégios!!
As políticas de Ações Afirmativas têm de ser complementadas com investimentos massivos na educação publica em todos os seus níveis, distribuição de renda e geração de postos de trabalho dignos. Mas nada disso é alternativo as cotas. Sem as Ações Afirmativas de corte racial, reproduziremos eternamente a exclusão de negros e indígenas. Aqueles que entrarem pela reserva de vagas, e todos seus milhares de apoiadores dentro e fora da universidade formarão um grande movimento pelo avanço das políticas de universalização da cidadania brasileira, conscientes de que este é apenas um PRIMEIRO e por isso, INDISPENSAVEL passo rumo a muitas lutas e vitórias necessárias.

Material do GT de ações afirmativas da UFRGS