Congresso do DCE da UFAL aprova ruptura com a UNE e entrada na Conlute
João Paulo da Silva, de Maceió (AL)
Estudantes da Universidade Federal de Alagoas demonstraram, mais uma vez, que o processo de reorganização do movimento estudantil segue ganhando força. Realizado entre os dias 13 e 17 de junho, o V Congresso do DCE/UFAL, que teve o tema “Contra a Reforma Universitária – Unir, lutar para não privatizar”, reuniu 107 delegados e aprovou importantes resoluções para o fortalecimento da luta dos estudantes. Entre elas, a ruptura do DCE com UNE e a sua entrada na Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes (Conlute).
Romper com a UNE inimiga do estudante!
O aumento do sentimento anti-UNE entre os estudantes mostrou sua força durante a última ocupação da reitoria da UFAL, ocorrida no mês de maio. O rechaço ao pelego Gustavo Petta na universidade foi uma expressão disso. Mas a grande demonstração de que é possível organizar o movimento estudantil para a luta teve seu pico quando foi aprovada, por contraste absoluto, a ruptura com a UNE. Tamanha rejeição é parte do rico processo de reorganização que vive o movimento estudantil, em que a Conlute desponta como alternativa.Entre as resoluções de lutar contra a reforma universitária do governo Lula/PT e todos os seus projetos paralelos (Universidade Nova e Reuni), o congresso também aprovou a filiação do DCE/UFAL à Conlutas, afirmando mais uma vez a necessidade da união entre estudantes e trabalhadores.
UJS, PT e PCR boicotam congresso
Atualmente o DCE/UFAL é dirigido pelos governistas da UJS e do PT. Esse fato torna ainda mais importante a resolução de ruptura com a UNE e a entrada na Conlute. Durante várias vezes, os governistas tentaram inviabilizar a realização do congresso. Primeiro tentaram adiá-lo. Depois, partiram para o boicote descarado. Mesmo com a UJS afirmando que o congresso era ilegítimo, estudantes ligados ao grupo Além do Mito, militantes independentes e do PSTU realizaram a atividade, demonstrando a disposição de luta que cresce a cada dia.Mas não foram apenas os governistas que boicotaram o congresso. O PCR também aplicou a mesma política. Embora o PT/AE e o PCR tenham participado dos grupos de discussão (GDs), não estiveram presentes durante a plenária final. Enquanto o movimento estudantil se reorganizava para a luta, a UJS, o PT e PCR estavam muito ocupados com a campanha para o congresso da UNE (Conune), entidade burocratizada e apodrecida que defende o Governo Lula e suas reformas.