29 de jun. de 2007

VAMO BATE LATA EM DEFESA DA EDUCAÇÃO!!!

Em Plenária realizada no CPERS - Sindicato no dia 28 de junho , estudantes de 7 escolas de Porto Alegre decidiram pela criação de um novo movimento de estudantes na cidade.
Surge o Movimento Vamo Bate Lata, este movimento já existia no Colégio Julio de Castilhos (Julinho) e agora passa a ser um movimento mais amplo de varias escolas de Porto Alegre.
O Principal objetivo do novo movimento é lutar em defesa da educação pública, contra os ataques dos Governos Lula, Yeda e Fogaça a juventude.
O Movimento Vamo Bate Lata também esta engajado na construção da CONLUTE (Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes) para fortalecer a luta dos estudantes a nivel nacional e ajudar na construção de uma nova entidade dos estudantes.
O Movimento iniciará uma serie de debates sobre conjuntura nacional e internacional, opresões e movimento estudantil, com a finalidade de elaborar um manifesto do movimento.
A Criação do Movimento Vamo Bate Lata em Porto Alegre é reflexo da unidade e das lutas estudantis que surgem nas escolas contra a situação precaria das escolas públicas.
A plenaria encerrou com muita unidade e animação, todos gritavam "Contra o governo do mensalão, vamo bate lata pela educação"

"Nas ruas, nas praças... quem disse que sumiu, aqui está presente o movimento estudantil"
Conselho Universitário aprova sistema de cotas na UFRGS

Percentual de vagas e as formas de ingresso ainda precisam ser votadas


O primeiro artigo do projeto que prevê a instalação do sistema de cotas para estudantes negros e egressos de escolas públicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (URFGS) foi aprovado no início desta tarde em votação no Conselho Universitário (Consun) por 43 votos a 27. Assim, o sistema de cotas já está garantido para o Vestibular 2008. Também ficou decidido que o sistema de cotas terá vigência por cinco anos, com avaliação ano a ano. Além disso, garantiu-se a destinação de 30% das vagas para estudantes negros, indígenas e egressos de escolas públicas. Desse total, a metade deve ser reservada para alunos que se declararem negros. Ontem, a votação do projeto de cotas foi adiada por uma liminar concedida pela Justiça Federal pela juíza Paula Beck Bohn, da Segunda Vara Federal de Porto Alegre, que entendeu que não foi cumprido o prazo estabelecido pelo regimento da universidade para os integrantes do Consun receberem e analisarem o projeto do Programa de Ações Afirmativas. O prazo é de cinco dias úteis.Porém, nesta manhã, a reitoria conseguiu reverter na Justiça Federal a liminar que impedia a votação sobre adoção do sistema de cotas. Um grupo a favor das cotas passou a madrugada em vigília na reitoria da UFRGS.


RÁDIO GAÚCHA



Entenda o novo projeto
Reserva de 30% das vagas de cada curso de graduação ou técnico para estudantes egressos de escolas públicas
Metade dessa reserva seria destinada àqueles que, além de terem estudado em escola pública, declararem-se negros
Essas cotas valeriam a partir do próximo vestibular, por cinco anos
Em 2013, o projeto poderia ser revisto
Veja um exemplo
Curso de Medicina
Total de vagas 140
98 vagas para os melhores classificados, independentemente de terem se declarado cotistas ou não 42 vagas reservadas para cotistas, sendo:
21 para egressos de escolas públicas
21 para egressos de escolas públicas que se autodeclararem negros
Como é o procedimento:
Para preencher as vagas, a UFRGS pré-classifica candidatos que acertaram pelo menos 30% do total de questões e não zeraram nenhuma das provas
Desses, no caso da Medicina, são corrigidas 560 redações (quatro candidatos para cada vaga, conforme regra da universidade).
As primeiras 98 vagas serão preenchidas pelos primeiros 98 colocados, não importa se concorreram como candidatos a cotas ou não.
As vagas restantes serão ocupadas pelos cotistas de escolas públicas - metade delas pelos que se declararem negros. Mesmo que haja candidatos com direito às cotas entre os 98 melhores posicionados, as 42 vagas restantes serão reservadas a outros cotistas.
Caso não haja cotistas suficientes entre as 560 redações corrigidas, as vagas serão oferecidas para a classificação geral.
Inscrição e matrícula
No momento da inscrição pela Internet, os alunos cotistas deverão assinalar que estudaram em escola pública e/ou são negros.
Os aprovados assinam a autodeclaração na hora da matrícula, sem necessidade da presença de uma comissão inter-racial, e apresentam certificado de conclusão e histórico escolar.
Projeto anterior
Previa 10% de cotas para negros em 2008, 15% em 2009 e 20% a partir de 2010. Propunha também reserva, nas mesmas proporções, para egressos de escolas públicas. A primeira reavaliação ocorreria somente em 2018.

28 de jun. de 2007


25 de jun. de 2007

Somos o 2° pais em população negra no mundo! 47% dos brasileiros são negros!!
Mas apenas 2% dos jovens negros estão em universidades...


Por que na UFRGS menos de 2% dos estudantes e 0,3% dos professores são negros? Por que em cursos como medicina, direito, psicologia, odontologia, informática, só vemos brancos?

Podemos usar as palavras e justificativas que quisermos pra amenizar, mas isso não é menos que APARTHEID!

A sociedade brasileira se formou sobre bases racistas, e a idéia de que negros e indígenas são inferiores aos brancos formou nossa cultura e moldou nossas instituições. Sofremos com um racismo estrutural que privilegia brancos em todas nossas relações e instituições. Mesmo que você ou eu nunca tenhamos pensado em termos raciais, todos nós tivemos nossas vidas moldadas dentro deste sistema de relações racistas. As vidas de todos nós, as nossas e a sua, foram construídas por este conjunto de relações que privilegiam brancos e prejudica, dia-a-dia, negros e indígenas.
E a universidade brasileira, por nunca ter atacado diretamente este racismo estrutural de nossa sociedade, reproduz e radicaliza, a exclusão de negros e indígenas. A meritocracia é uma mentira: se somos brancos, fomos privilegiados, mesmo que tenhamos trabalhado duro para chegar onde estamos. Se queremos realmente justiça aos méritos de cada um não temos saídas: ou criamos Ações Afirmativas, no sentido de atacar diretamente os pontos onde este racismo estrutural se manifesta e reproduz, ou eternamente veremos o abismos entre negros, indígenas e brancos se radicalizar...

O que são Ações Afirmativas?
São conjuntos de ações que têm como objetivo reparar os aspectos discriminatórios institucionais e sistêmicos que impedem o acesso de pessoas pertencentes a diversos grupos sociais às mais diferentes oportunidades. Considerando que estas populações sofrem diversos processos de exclusão estrutural, somente com ações estruturais de promoção específica de sua inclusão é possível reverter tal quadro.
Por que cotas? As cotas em universidades consistem em estabelecer uma reserva de vagas
para pessoas pertencentes a certos grupos, que ao longo de sua trajetória foram impedidos de acessar os recursos necessário para ingressar neste espaço.

NAO É FAVOR, É DIREITO!!

Negros e indígenas não precisam das cotas, entrar na universidade é seu direito. Quem precisa de cotas é a universidade, que tem um método tão excludente de seleção de alunos que, sem estabelecer para si mesma uma cota mínima de negros, indígenas e alunos de escolas públicas, acaba por sempre excluir estas populações.

E por que raciais?
As cotas raciais possibilitam diminuir as disparidades entre o grupo privilegiado, branco e os grupos excluídos, negros e indígenas. Além disso, falar de cotas estimula o debate sobre a discriminação racial, denuncia o absurdo de uma sociedade multiétnica, mas que contempla em suas universidades apenas o segmento branco. Através das cotas de recorte étnico-racial reverte-se esse quadro, agindo sobre as conseqüências da escravidão do negro e da expropriação e marginalização do indígena nesse país.
As Ações Afirmativas não são apenas uma forma de reparação histórica aos danos causados pelos brancos no passado. São medidas para combater a atualização destas estruturas racistas que continuam organizando a nossa sociedade hoje, perpetuando, assim, a segregação racial.

Uma outra forma de racismo...?
Pelo contrario, o debate sobre as cotas apenas evidencia a divisão racial existente, mas que normalmente é mascarada. Ao contrário do que se diz, esta política não fere o princípio da igualdade, pois defender as cotas é contribuir para pôr em prática este princípio constitucional. Possibilitar um acesso diferenciado a um grupo, devido ao modo como foi tratado ao longo da história, com menos oportunidades e em desvantagem, é uma tentativa de diminuir essa desigualdade e não de prolongá-la, garantindo estes direitos básicos. É assumir que existe uma desigualdade procurando repará-la. As cotas raciais não recriam as raças, apenas põem a mostra o câncer que destruía nossa sociedade às escondidas. Não se combate uma doença sem tomarmos consciência de que ela existe em nós. É duro, exige coragem, e muitas vezes, cortar na própria pele, mas você deixaria um câncer agindo em você apenas para não falar sobre ele?

Por que não instituir cotas apenas para escolas públicas?
Apesar de ser importante esse tipo de iniciativa, ela não atinge diretamente o problema do racismo. O seu caráter universalista não tem forca para atacar a questão. A idéia de políticas universalistas de inclusão é o ideal de todos nós, mas temos que reconhecer a realidade que temos: se você pegar os dados de todos os problemas sociais brasileiros universalmente atacados e com resultados positivos nos últimos anos (mortalidade infantil, alfabetização, geração de empregos, ACESSO À UNIVERSIDADE...), em todos você perceberá uma inclusão menor de negros e indígenas.

Não há como ser neutro nesta problemática. Manter o que temos, é manter privilégios!!
As políticas de Ações Afirmativas têm de ser complementadas com investimentos massivos na educação publica em todos os seus níveis, distribuição de renda e geração de postos de trabalho dignos. Mas nada disso é alternativo as cotas. Sem as Ações Afirmativas de corte racial, reproduziremos eternamente a exclusão de negros e indígenas. Aqueles que entrarem pela reserva de vagas, e todos seus milhares de apoiadores dentro e fora da universidade formarão um grande movimento pelo avanço das políticas de universalização da cidadania brasileira, conscientes de que este é apenas um PRIMEIRO e por isso, INDISPENSAVEL passo rumo a muitas lutas e vitórias necessárias.

Material do GT de ações afirmativas da UFRGS

22 de jun. de 2007

Reitoria da USP recua e alunos decidem pelo fim da ocupação
A ocupação da USP cumpriu seu objetivo: após 50 dias, reitoria cede e aceita a pauta do movimento estudantil
Por Lu Candido

Com cerca de 300 estudantes, a assembléia geral da ocupação da USP decidiu pela desocupação do prédio, com cerca de 80% de aprovação dos presentes. A saída deve ocorrer até as 16h desta sexta-feira, 22. A votação aconteceu por volta das 23h da última quinta-feira e deve passar, ainda, pela assembléia dos servidores, que está acontecendo nesta manhã.Num recuo histórico, a reitoria acatou todas as principais reivindicações da ocupação. Demonstração de força e resistência, os estudantes permaneciam na reitoria desde o dia 3 de maio, completando 50 dias de mobilização. O movimento da USP teve como estopim a luta contra os decretos do governador José Serra (PSDB), que ferem a autonomia universitária e aceleram o processo de privatização do ensino.

Recuo da reitoria, vitória dos estudantes
A reitoria da universidade enviou um documento, intitulado Termo de Compromisso, aos estudantes da ocupação em que aceita os pontos exigidos pelo movimento. A assembléia condicionou a saída da ocupação à assinatura do documento pela reitora Suely Vilela.A última carta foi enviada pelos estudantes à reitoria no dia 12 de junho, após assembléia que definiu reabrir as negociações, bem como o conteúdo das reivindicações. Os estudantes exigiam a não-punição a nenhum aluno ou funcionário envolvido na greve e na ocupação; a manutenção de todos os pontos apresentados em 8 de maio pelo movimento, na contraproposta anterior; realização de audiência pública para discutir o Inclusp (Programa de Inclusão Social da USP); construção do V Congresso Geral da USP com pauta única (Estatuinte), para reformular o estatuto da universidade em elaboração com os três setores – estudantes, funcionários e professores. O Congresso fará parte do calendário oficial da universidade e será fisicamente garantido pela reitoria, segundo o documento. Com relação à contraproposta do dia 8 de maio, a reitoria comprometeu-se com a construção de 384 novas moradias estudantis, liberação de R$ 500 mil para reformas nas moradias que já existem, realização de reunião para discutir a reforma dos prédios da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e do Fofito (Faculdade de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional), fornecimento de café da manhã e alimentação aos domingos, ampliação do transporte interno do campus, discussão acerca do jubilamento (prazo que o aluno tem para concluir o curso).O documento também apresenta um recuo importante no que tange a questão dos decretos, particularmente nos pontos que se referem à contratação de professores e funcionários e à pesquisa operacional. A reitoria estabeleceu um prazo de 120 dias para que as unidades informem a necessidade de contratação de docentes.As demais propostas deverão ser apreciadas por uma comissão composta por professores (50%), alunos (25%) e funcionários (25%) no prazo máximo de 90 dias. “Foi uma vitória tanto por ter conseguido a retirada parcial dos decretos, por ter feito o governo recuar, quanto por ter avançado na negociação da pauta específica, com a conquista de mais de 300 moradias, reforma dos prédios, bandejão aos domingos, aumento do transporte no campus”, avaliou Gabriel Casoni, estudante de Ciências Sociais e militante do PSTU.

Fim da ocupação não é o fim das mobilizações
A ocupação da reitoria da USP foi a “ponta de lança” para uma série de mobilizações que ainda estão em curso em todo o país. O movimento em São Paulo trouxe de volta à cena o movimento estudantil combativo e de luta, que esteve abalado pela traição das direções tradicionais. A expressão máxima disso é a União Nacional dos Estudantes (UNE), hoje ponto de apoio do governo Lula.A entidade governista não só esteve ausente de todo o processo da USP. Em todos os lugares onde a luta independente dos estudantes se impõe, a UNE está do outro lado da trincheira, se enfrentando com o movimento, defendendo os planos privatistas do governo Lula. Há situações, inclusive, em que os governistas reprimem diretamente ou chamam a polícia para calar os estudantes. Foi assim com o estudante que apanhou de um diretor do DCE da UnB e, recentemente, na Universidade Federal do Pará, em que um diretor do DCE chamou a polícia para reprimir os estudantes que ocuparam a reitoria da instituição à revelia e contra o diretório.O que aconteceu na USP é uma demonstração de que é possível vencer. A vitória, entretanto, só virá com a luta independente do movimento, necessariamente contra os governos federal e estaduais em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade.Esse episódio é um aviso: não vai ser fácil para Lula e para o imperialismo aplicarem os planos neoliberais no país. A ocupação da USP encerrou nesta quinta-feira vitoriosa e pela vontade do movimento, mas não se encerra a luta dos estudantes. Na USP, nas demais estaduais paulistas e em todo o país, o movimento estudantil continua vivo e partindo para a ação.Como bem lembrou Gabriel Casoni, “o processo da USP se fecha no marco de uma nova correlação de forças contra os planos do neoliberalismo para a educação em todo o país, e isso é o mais importante”.
ACABOU A OCUPAÇÃO DA USP!!!!!

A notícia é do CMI. A assembléia geral dos estudantes deliberou às 23:30 de ontem pela desocupação. A assembléia dos servidores de hoje ainda se pronunciará a respeito.Com essa votação se encerra um dos episódios mais importantes do país nos últimos seis meses: A ocupação por mais de 50 dias da reitoria da USP, que se desfaz por conta própria e que deixa aprendizados profundos para o conjunto do movimento universitário brasileiro.
Chegou ao fim a ocupação da USP. A luta pela autonomia e contra os decretos de Serra e a reforma universitária de Lula continua. Viva a ocupação da USP!

21 de jun. de 2007

Tropa de choque invade Unesp e prende estudantes

Numa ação que remonta aos tempos da ditadura militar, a polícia invade o campus de uma universidade pública para reprimir uma manifestação do movimento estudantil.
Por Lu Candido






Na madrugada desta quarta-feira, por volta das 2h30, a tropa de choque invadiu o campus da cidade de Araraquara da Universidade Estadual Paulista (Unesp), levando presos pelo menos 120 estudantes que ocupavam o prédio. Segundo informou o portal Último Segundo, os policiais estavam em grande número – cerca de 180 –, armados com cacetetes e escudos, e surpreenderam os estudantes.Os alunos ocupavam desde o dia 13 de junho a diretoria do prédio da Faculdade de Ciências e Letras (FCL). A ação era um protesto contra os decretos do governador José Serra, que ferem a autonomia universitária, e por reivindicações específicas.Segundo indicam relatos, a ação da polícia foi semelhante às da ditaduram, nos anos 1960 e 70. A tropa chegou em ônibus, na calada da noite, acompanhada pelo diretor da unidade, Cláudio Gomide. No momento da invasão, os estudantes realizavam uma plenária em que discutiam os rumos do movimento. Gomide havia pedido reintegração de posse um dia antes e registrara boletim de ocorrência contra os alunos.Os estudantes não resistiram. Mesmo com a saída pacífica, porém, foram todos presos, levados à delegacia e registrados por invasão de prédio público e descumprimento de ordem judicial. Colegas dos estudantes detidos e a imprensa foram impedidos de chegar ao local.Outros quatro campi da Unesp estão ocupados por estudantes: Ourinhos, Assis, Rio Claro e Franca, todos no interior do Estado de São Paulo. Os estudantes da Unesp fazem parte do movimento que tomou conta das universidades estaduais paulistas desde a ocupação da USP, pela derrubada dos decretos do governador e em defesa da educação pública.A ação da tropa de choque foi truculenta e desproporcional. Em momento algum os estudantes foram chamados pela polícia ou pela direção da faculdade para negociar uma saída pacífica.Uma aluna que estava no prédio declarou ao portal G1 que pediram tempo para a retirada dos objetos pessoais de dentro da sala e a polícia não deu. Segundo ela, o policial dizia: “Olha, mocinha, é bom tirar o pessoal daí de dentro, porque senão vai sair gente machucada”.A entrada da PM e o uso da força dentro das universidades para reprimir o movimento estudantil é uma prática utilizada no período da ditadura militar e, por isso, inaceitável. O PSTU repudia qualquer ação que vise a calar os estudantes e cercear o direito a se manifestar, sobretudo o uso da força e da intimidação ao movimento.Infelizmente, a invasão da Unesp pela polícia é somente mais um capítulo da tentativa de criminalização dos movimentos sociais, encampada por todos os governos, desde Lula até os governadores e prefeitos. É papel de cada lutador resistir a esta investida e defender cada ativista perseguido.

20 de jun. de 2007

Congresso do DCE da UFAL aprova ruptura com a UNE e entrada na Conlute
João Paulo da Silva, de Maceió (AL)

Estudantes da Universidade Federal de Alagoas demonstraram, mais uma vez, que o processo de reorganização do movimento estudantil segue ganhando força. Realizado entre os dias 13 e 17 de junho, o V Congresso do DCE/UFAL, que teve o tema “Contra a Reforma Universitária – Unir, lutar para não privatizar”, reuniu 107 delegados e aprovou importantes resoluções para o fortalecimento da luta dos estudantes. Entre elas, a ruptura do DCE com UNE e a sua entrada na Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes (Conlute).

Romper com a UNE inimiga do estudante!
O aumento do sentimento anti-UNE entre os estudantes mostrou sua força durante a última ocupação da reitoria da UFAL, ocorrida no mês de maio. O rechaço ao pelego Gustavo Petta na universidade foi uma expressão disso. Mas a grande demonstração de que é possível organizar o movimento estudantil para a luta teve seu pico quando foi aprovada, por contraste absoluto, a ruptura com a UNE. Tamanha rejeição é parte do rico processo de reorganização que vive o movimento estudantil, em que a Conlute desponta como alternativa.Entre as resoluções de lutar contra a reforma universitária do governo Lula/PT e todos os seus projetos paralelos (Universidade Nova e Reuni), o congresso também aprovou a filiação do DCE/UFAL à Conlutas, afirmando mais uma vez a necessidade da união entre estudantes e trabalhadores.

UJS, PT e PCR boicotam congresso
Atualmente o DCE/UFAL é dirigido pelos governistas da UJS e do PT. Esse fato torna ainda mais importante a resolução de ruptura com a UNE e a entrada na Conlute. Durante várias vezes, os governistas tentaram inviabilizar a realização do congresso. Primeiro tentaram adiá-lo. Depois, partiram para o boicote descarado. Mesmo com a UJS afirmando que o congresso era ilegítimo, estudantes ligados ao grupo Além do Mito, militantes independentes e do PSTU realizaram a atividade, demonstrando a disposição de luta que cresce a cada dia.Mas não foram apenas os governistas que boicotaram o congresso. O PCR também aplicou a mesma política. Embora o PT/AE e o PCR tenham participado dos grupos de discussão (GDs), não estiveram presentes durante a plenária final. Enquanto o movimento estudantil se reorganizava para a luta, a UJS, o PT e PCR estavam muito ocupados com a campanha para o congresso da UNE (Conune), entidade burocratizada e apodrecida que defende o Governo Lula e suas reformas.

19 de jun. de 2007

UFPA em luta: estudantes ocupam reitoria

Movimento exige a democratização dos espaços e o fim da reforma universitária

Luana de Oliveira, direto da ocupação da UFPA, de Belém (PA)


Novos ares de luta voltam a fazer parte do movimento estudantil nacional. A Universidade Federal do Pará é apenas mais uma reação dos estudantes aos sintomas da reforma universitária de Lula.A indignação, que já era grande devido aos problemas cotidianos e estruturais – como a falta de laboratórios e livros nas bibliotecas, a insuficiência do Restaurante Universitário (RU) e, principalmente, a falta de professores e de segurança –, culminou, no último dia 14, com a ação repressora por parte da prefeitura do campus, que tolheu uma comissão de formatura do curso de Serviço Social quando esta ia realizar o tradicional forró universitário para angariar fundos.Na entrada dos equipamentos de som, aconteceu o enfrentamento. Seguranças da UFPA chamaram reforços da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel – Polícia Militar) que, sem muita conversa, chegou espirrando spray de pimenta nos estudantes e levando um deles preso.A revolta que estava à flor-da-pele resultou na ocupação do hall da reitoria. Uma caixa de som de um dos Centros Acadêmicos foi levada para lá e assim aconteceu o Forró da Indignação.Entretanto, este ato vai muito além da motivação de um grupo de estudantes “sedentos por festas”. O ocorrido simboliza uma resposta política a um projeto de universidade que ignora seu caráter público, tentando amortizar a atuação estudantil na construção de qualquer esfera. Durante a noite cultural, uma plenária foi realizada e entre as medidas mais diretas foram apontadas as reivindicações da imediata destituição do prefeito do campus, Marcus Vinícius, e a exigência pela democratização dos espaços da Universidade. Cartazes foram pregados por toda a reitoria, tapumes foram postos na vidraça para evitar a visualização para dentro da ocupação, correntes e cadeados selavam o ato. Cerca de 300 estudantes construíram a ocupação.No dia seguinte, uma equipe de mobilização passou nas turmas para explicar o ocorrido e convocar os estudantes para a ocupação, que foi visitada o dia inteiro por estes que são os únicos autorizados a adentrar na reitoria, além, obviamente, daquelas entidades que vieram manifestar apoio político, financeiro e de pessoal – como a Conlutas e os Sindicatos dos Trabalhadores da UFPA (SINTUFPA), Associação Docente da UFPA (ADUFPA) e Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), os sindicatos dos trabalhadores da Construção Civil, Rodoviários de Ananindeua, Servidores Públicos Federais e dos Trabalhadores da Educação.Uma nova plenária decidiu os rumos da ocupação. Com a forte veiculação na imprensa, o apoio da comunidade acadêmica e o envolvimento dos estudantes e servidores em greve, era fundamental fazer avançar a pauta de reivindicações, combatendo o caos aprofundado com a reforma universitária, que sucateia as públicas e sustenta as privadas. Dessa forma, passou a fazer parte das reivindicações a assistência estudantil e a construção de um RU no campus profissional, assim como moradia, creche universitária e a revogação da resolução do Conselho Universitário que autoriza a cobrança de taxas nas especializações. A cada dia o número e a disposição dos estudantes só cresce. Uma programação da ocupação foi preparada, chegando a acontecer por lá a aula de uma turma de Ciências Sociais, na responsabilidade do professor João Simões, sobre o Estado e a Revolução, baseada no livro de Lênin. Mostra de vídeos, grupo de discussões sobre a educação superior e cultura também estão acontecendo. Enquanto o reitor se recusa a negociar e esbraveja sobre o movimento, a ocupação ganha mais peso e reconquista a tradição de luta dos estudantes da UFPA, após o refluxo nacional provocado pela crise de direção vinda com a eleição de Lula e a adaptação da UNE a seu governo. A Conlute, o DCE e Centros Acadêmicos que compõem a Frente de Luta contra a Reforma Universitária são os principais responsáveis pelo sucesso do movimento, conseguindo trazer para a luta setores que nunca tiveram contato com o Movimento Estudantil.Um mandado de reintegração de posse foi enviado à ocupação, que está sendo ameaçada de pagar R$ 5 mil por dia, só não se sabe de quem irão cobrar. A Polícia Federal já foi acionada, e a repressão pode acontecer a qualquer momento, mas o grande número de participantes está disposto a dar muita canseira em quem ousar a desocupação.A orientação não é de se enfrentar, mas de resistir pacificamente. Um ato público foi organizado para a manhã do dia 18 de junho, em frente à reitoria, cujo objetivo é pressionar, junto ao máximo de estudantes, a negociação pela pauta estudantil.


Retirada de espaços estudantis e insegurança no campus

Os forrós acontecem no “Vadião”, espaço histórico de manifestações culturais do Movimento Estudantil da UFPA, mas que hoje está tomado pelos Bancos. A realização dos forrós, assim como de qualquer outra programação cultural neste espaço vem sendo dificultada por parte da Administração Superior, sob a alegação do sério problema de segurança pelo qual passa a universidade federal do Pará, localizada entre dois bairros extremamente carentes. Contudo, a insegurança na universidade não acontece somente nos forrós. A qualquer hora do dia, acontecem assaltos dentro e fora da universidade, inclusive com casos de estupro que são banalizados pelo prefeito e pelo reitor.A questão de segurança não é tão superficial. Ao mesmo tempo em que é preciso ser imediatista e garantir a proteção da comunidade acadêmica, não se pode deixar de lado o papel social que a Universidade deveria desenvolver através de projetos de extensão, o que diminuiria a criminalidade a partir da apresentação de outras oportunidades a juventude pobre.
Termina a ocupação na UFMA: vitória dos estudantes
Estudantes obtiveram uma das maiores vitórias recentes do movimento

Welbson Madeira, de São Luiz (MA)

Após oito dias de ocupação da reitoria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), dezenas de estudantes coordenados pelo DCE, casas de estudantes e pela Conlute, obtiveram uma das maiores vitórias recentes do ME na universidade. Além de denunciarem a contra-reforma universitária do governo Lula, era reivindicado: conclusão da moradia estudantil no campus, iniciada em janeiro de 2006, mas sem previsão de término; revogação imediata da resolução 66/2006 (Consad), que instituía cobranças de taxas para ocupação de espaços no campus; e melhor atendimento no Restaurante Universitário, onde são enfrentadas longas filas e há um número insuficiente de bolsas para alunos carentes.A administração superior não teve capacidade de negociar com os estudantes e pediu reintegração de posse, mas o tiro saiu pela culatra. O juiz negou a reintegração e, alternativamente, marcou uma audiência de conciliação, que aconteceu às 15h desta quarta-feira, dia 13 de junho.Ao final acordou-se, entre outros pontos, revogação imediata da resolução 66/Consad e constituição de uma comissão paritária entre os segmentos para propor nova resolução relativa ao uso de espaços; entrega da casa dos estudantes no próximo mês de outubro; expansão do espaço do RU e providências no sentido de contratar mais funcionários para melhorar o atendimento, no prazo de 60 dias; aumento do número de bolsas (gratuidade) para alunos carentes; disponibilização, na página da UFMA, das informações atualizadas relativas às receitas e despesas da universidade e não-criminalização das lideranças estudantis.Como podemos perceber, algumas conquistas dos estudantes também são reivindicações históricas dos docentes, que já tinham apresentado essas demandas à administração superior através da Apruma, sindicato dos professores da universidade e seção do Andes/SN. A diretoria da Apruma apoiou os estudantes desde o início e, a convite dos mesmos, também esteve na audiência de conciliação na Justiça Federal.Nesta quinta-feira, dia 14 de junho, a partir das 15h, os estudantes farão assembléia geral para deliberar, oficialmente, sobre os resultados da audiência, mas a avaliação predominante entre as lideranças é que o ato político foi amplamente vitorioso.

18 de jun. de 2007


Plenária Nacional de Estudantes indica unidade e avanço nas lutas

Ivan Valério, direto da ocupação da reitoria da USP


Mais uma vez, a necessidade de unidade contra as reformas do governo Lula falou mais alto no processo de mobilizações que acontece em dezenas de universidades pelo país. Neste final de semana, ocorreu a Plenária Nacional dos Estudantes em Luta, na ocupação da reitoria da USP, em São Paulo.O encontro foi fruto de todos os processos de luta que ocorrem, atualmente, pelo Brasil, como a greve e ocupações das universidades estaduais paulistas, a greve das estaduais da Bahia, a greve dos servidores da base da Fasubra e as ocupações de reitoria que pipocaram desde o início do movimento da USP.Cerca de 700 pessoas de várias regiões do país vieram em caravana ou em representações para trocar experiências de diferentes realidades e avançar na luta contra a reforma universitária e em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Foi muito forte a presença de estudantes das universidades estaduais paulistas e das federais.Mesmo que cada universidade tenha uma realidade diferente, existe um entendimento comum de que os ataques que a educação sofre hoje têm a mesma causa. “Temos na universidade nossa pauta especifica, mas casamos com a realidade em todo país. O problema de assistência estudantil segue toda uma lógica de falta de verbas para a universidade, que tem em todo país. Cada pauta especifica tem a ver com uma pauta geral do governo”, opina Getúlio, estudante de geografia da UFMG.Foi muito criticado o oportunismo da direção da UNE, que tentou encampar para si as mobilizações via ocupação em algumas universidades, apesar se ser rechaçada pelos estudantes por ser aliada das reitorias e do governo ao apoiar a reforma. “Na UFRJ, o DCE, ligado à UJS, não só na nossa ocupação, mas em todas as mobilizações de luta, encontra-se totalmente fora, não consegue dar respostas aos estudantes e muito menos barrar essas luta, já que hoje o nosso Comitê de Lutas se impõe sobre essa entidade governista”, explica Badauí, estudante de Letras da UFRJ.Considerada vitoriosa pelos participantes, a plenária não acaba em si mesma. “A partir de agora, temos de avançar nessas lutas, com uma pauta única nacional que enfrente a reforma universitária do Governo Lula”, explica Badauí.Também foi aprovado o calendário unificado do Fórum Nacional Contra as Reformas, junto a movimentos sociais e sindicatos. Foi discutida e aprovada a realização de um encontro no segundo semestre, junto com a Frente Contra a Reforma Universitária, e uma marcha à Brasília no segundo semestre para dar prosseguimento à luta contra a reforma.Outra decisão importante foi o aprofundamento das lutas via ocupações de reitorias que já estão estourando pelo país. Leandro Soto, da coordenação da Conlute, é otimista nessa nova realidade do movimento estudantil brasileiro. “A Conlute, desde o início da reforma universitária, tem pautado a necessidade de construção de um novo movimento estudantil, e este processo atual de lutas é o coroamento de uma batalha contra a UNE governista”, afirma Soto.

15 de jun. de 2007

UFRGS adia decisão sobre sistema de cotas
Manifestantes impedem a saída dos integrantes do Conselho Universitário do prédio


Após mais de cinco horas de discussão, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) decidiu adiar a decisão sobre o sistema de cotas raciais e para estudantes oriundos do ensino público. A própria autora do projeto pediu o adiamento para o dia 29.
Os manifestantes favoráveis ao sistema estão impedindo a saída dos cerca de 50 integrantes do Conselho Universitário do prédio. Eles exigem que a votação seja concluída ainda hoje, nem que seja para rejeitar o projeto.A proposta prevê a reserva de 40% das vagas do principal vestibular do Estado a partir de 2010. Se a medida for aprovada, os cotistas terão a preferência de 20% das vagas já no próximo vestibular, mas o texto da norma estabelece o aumento progressivo desse índice pelos próximos três anos.
O projeto, elaborado pela Comissão Especial para Implementação de Ações Afirmativas na UFRGS, determina a reserva de 10% das aprovações no Vestibular 2008 para afro-brasileiros, e outros 10% para egressos do sistema público de ensino. No ano seguinte, os cotistas de cada tipo teriam direito a 15% das cadeiras e, em 2010, a 20% - totalizando 40% do ingresso na universidade.
A população indígena também seria contemplada com a preferência de vagas. O artigo 15 do projeto estabelece 10 vagas para estudantes indígenas a partir do ano que vem, chegando a 20 em 2010. Essas vagas seriam criadas em cursos específicos, e poderiam ser ampliadas futuramente de acordo com a demanda. Uma comissão seria criada para tratar do acesso e da permanência desses alunos na universidade.


Por Rádio Gaúcha
Estudantes ocupam reitoria da UFRJ
Os estudantes da ufrj, nesta quinta-feira, ocuparam a reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ufrj). A ocupação é um protesto contra o Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, versão legal do “Uninova”) e a reforma universitária. Os estudantes exigem da reitoria uma audiência pública em que seja discutida uma pauta específica que inclui, entre outras reivindicações, a implantação do restaurante universitário, conhecido como “bandejão”, a ampliação do transporte universitário e melhorias nos alojamentos dos alunos.As entidades do movimento sindical, estudantil e popular devem enviar moções de apoio aos estudantes em luta da UFRJ e à ocupação vitoriosa realizada por eles. Os apoios devem ser enviados para conlutas-rj@conlutas.org.br e conlute@conlute.org.br.

MANIFESTO DOS ESTUDANTES OCUPADOS DA UFRJ

Não é de hoje que a educação pública vem sendo sucateada no país. A partir da década de 90, os sucessivos cortes de verba têm precarizado cada vez mais as suas condições de ensino. O governo Lula, ao contrário do que muitos esperavam, vem aprofundando os ataques à educação desde o início do seu primeiro mandato. O projeto de Reforma Universitária encaminhado – e em grande parte já aprovado via medidas provisórias – se choca com a concepção de universidade pública, gratuita, de qualidade e com autonomia para produção de conhecimento crítico voltado para a redução das desigualdades sociais. Ou seja, é um projeto que privilegia a expansão do ensino privado em detrimento do ensino público.Para coroar este processo antidemocrático o governo assinou em final de abril deste ano o decreto-lei do Reuni. Passando por cima do princípio da autonomia universitária, o governo institui a criação de cursos de três anos (bacharel em ciências da matemática e da natureza, bacharel em humanidades, etc.), contratação precarizada de professores e a instituição de uma variante da odiada aprovação automática que obriga as universidades a aprovarem pelo menos 90% de seus alunos ou perderem suas verbas. Isso tudo com o aumento de apenas 20% das verbas já destinadas às universidades. Só depois de completar estes bacharelados genéricos os alunos entrarão de fato em um curso de graduação, mas sua escolha estará condicionada ao seu desempenho nesta fase preliminar.Na UFRJ, a implementação deste projeto tem sido feita a toque de caixa, sem qualquer debate com a comunidade acadêmica – alunos, professores e funcionários. Por conta disso, os estudantes da UFRJ realizaram um ato no Conselho Universitário, exigindo um amplo processo de discussão no próximo semestre. Diante do descaso do conselho em relação às exigências dos alunos, foi decidida, em assembléia, a ocupação da Reitoria.

Reivindicamos:

- Não ao Reuni! Por um amplo processo de discussão no próximo semestre.
- Pela conclusão das obras do Bandejão do Fundão! Por bandejões em todos os campi.
- Reforma e ampliação do alojamento estudantil da UFRJ.
- Pela expansão e reajuste das bolsas estudantis.
- Transporte interno mais freqüente e entre os campi.
- Pela paridade nos órgãos colegiados.
- Todo apoio à greve dos servidores e às ocupações estudantis em defesa da universidade pública!
- Pela manutenção dos espaços dos Centros Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde.
- Reforma e ampliação das Bibliotecas!
- Contra a Reforma Universitária! Por uma universidade pública, gratuita e de qualidade!

Por tudo isso, nós, estudantes ocupados, exigimos uma audiência pública com o reitor Aloísio Teixeira. Convocamos todos os estudantes, professores e técnicos-administrativos a se unirem a nós em defesa da educação pública.

14 de jun. de 2007

Dois mil estudantes se manifestam pelo passe livre em Ribeirão Preto

André Prado e Fransérgio Noronha, de Ribeirão Preto (SP)


Na quarta-feira, 13 de junho, estudantes secundaristas e um grupo de estudantes da USP tomaram as ruas da cidade de Ribeirão Preto (SP), exigindo da prefeitura municipal a redução da tarifa no transporte coletivo e a implantação do passe livre. A tarifa dos ônibus urbanos em Ribeirão foi reajustada no último fim-de-semana R$ 1,90 para R$ 2,10, representando um aumento de 10,52%.A manifestação contou com mais de dois mil estudantes de diversas escolas estaduais. O protesto foi organizado pela Conlutas, pela Conlute e por grêmios estudantis. O ato encerrou na prefeitura e obteve uma vitória parcial: foi formada uma comissão que foi recebida pelo prefeito e que deve continuar as negociações na segunda-feira, 18, às 15h, em nova reunião.Os estudantes saem fortalecidos deste protesto, pois foi a primeira batalha pelo passe livre e redução de tarifa no transporte urbano. O próximo passo do movimento será uma reunião ampla com estudantes que acontece na terça-feira, 19, às 10h, em frente à esplanada do Teatro Pedro II.


Viva a ocupação da USP! Todos ao Encontro Nacional!

Não há como negar que o movimento estudantil brasileiro foi profundamente marcado pela audácia e coragem dos estudantes ocupados na reitoria da USP. Até onde a ocupação vai ou deixa de ir não é mais o caso. Até onde já foi a ocupação é a questão.A rebeldia da juventude uspiana afrontou diretamente as instituições de São Paulo. A reitoria pediu, a justiça autorizou, a policia se prontificou, a grande mídia burguesa esbravejou, mas a ocupação perdurou. E da reitoria da USP veio o exemplo para a UNESP, UNICAMP, UFAL, UFMT, UFRGS e UFMA. Veio também a inspiração para a greve dos servidores e dos professores, essa última já encerrada. Da reitoria para as ruas foi um passeio e o governador até recuar, recuou. Pouco, mas recuou.Não satisfeitos, lá vieram os ocupantes a propor um Encontro Estadual das Universidades paulistas que reuniu 700 pessoas das 3 universidades. Completados 42 dias de ocupação, a ata da assembléia dos estudantes nos informa da pauta de reivindicações para a possível desocupação, mas enquanto não avançam as negociações, o movimento não para. Sexta-feira, dia 15, tem ato unificado no MASP a partir das 14 horas. E sábado, dia 16: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANDES.Como eu disse, até onde vai a Ocupação já não é mais o caso. Aonde ela já chegou é a questão.


Viva a ocupação da reitoria da USP!

Todos ao ENCONTRO NACIONAL do dia 16!

CENTRO ACADÊMICO DO CURSO DE HISTÓRIA DA UFRGS ROMPE COM A UNE!

Em plebiscito organizado nos dias 04, 05 e 06 de junho os estudantes do curso de História da UFRGS decidem pela ruptura com a UNE governista, o plebiscito teve votação de cerca de 110 estudantes e a grande maioria dos que votaram optaram pela ruptura com a UNE.

Abaixo reproduzimos o panfleto de um grupo de estudantes do curso da história (Juventude do PSTU e Independentes) que estiveram convocando o plebiscito de forma unitária com o Centro Acadêmico e outras organizações. Neste mesmo período o movimento estudantil combativo da UFRGS estava organizando a ocupação da Reitoria, que repercutiu nacionalmente e teve conquistas importantes para os estudantes.






A cada dia ficamos sabendo de mais um ataque aos nossos direitos. No início do ano, conseguimos derrotar parcialmente o projeto de extinção da permanência. Isto só foi possível através de nossa organização e mobilização. Alertamos que a nossa vitória foi parcial, pois a reitoria está tentando agora "regulamentar" a permanência, como a inclusão de critérios de limites de reprovações (FF, por exemplo) no currículo para se candidatar à permanência. Há também a Toca. O Arcanjo faz uma campanha entre os alunos da letras para colocar estudante contra estudante, com o objetivo de buscar apoio e respaldo para transformar aquele espaço de vivência histórico dos estudantes numa sala de Ensino a Distância (EaD). Conquistamos um compromisso da reitoria em reformar e reabrir a Toca. Já se passou mais de um mês e meio desde o incêndio da Toca e até agora ela continua fechada. Se não agirmos, é possível que, quando voltarmos das férias em agosto, a Toca já seja uma sala de EaD.



A UNE DEFENDE A REFORMA UNIVERSITÁRIA QUE PRIVATIZA O ENSINO PÚBLICO SUPERIOR!

Esses debates estão inseridos num contexto de iniciativas do governo Lula em privatizar o ensino público e sucatear a qualidade do ensino. Só este ano, ele cortou cerca de R$ 1 bilhão das verbas para o ministério da educação. Isso faz com que as reitorias tenham que buscar recursos em acordos com empresas, como é o caso da Gerdau e da Aracruz aqui na UFRGS. Estas empresas exigem que nós desenvolvamos pesquisas para seus interesses privados. Isto já é a privatização, pois nos tornamos reféns do setor privado em matéria de pesquisas, já que só haverá investimento em áreas de conhecimento rentáveis. Outro elemento da reforma universitária do Lula é a proliferação de cursos com salas de aula virtuais, o EaD. Já podemos assistir na televisão propagandas de cursos de pedagogia e administração virtuais, aqui na UFRGS esses cursos também já existem a distância. Nestes comerciais, aparecem jovens "assistindo aulas" no ônibus ou enquanto lavam roupas. A reforma universitária visa destruir a qualidade de ensino, formando mão-de-obra barata e desqualificada.



A UNE MORREU PARA A LUTA!

Só a nossa organização e luta poderá derrotar os projetos neoliberais do governo. Porém, a UNE, entidade que deveria lutar pelos nossos interesses, está ao lado de Lula e defende a reforma universitária. Há quase duas décadas que a UJS, juventude ligada ao PCdoB, está na direção da UNE. De dois em dois anos, há um congresso dessa entidade, em que a UJS nunca perde nenhuma votação, pois ela o frauda em seu favor. Não há nenhuma possibilidade de os lutadores vencerem o congresso e transformarem a UNE no que nos anos 80 ela já foi, uma entidade em defesa dos estudantes. A UNE legitima os ataques do governo Lula à educação. A UNE morreu para a luta. É necessário romper com esta entidade e construir uma ferramenta democrática e de luta dos estudantes.



CONSTRUIR UMA ALTERNATIVA!

Nós reconhecemos que existe um setor lutador dentro da UNE. Junto com este setor, construímos um encontro no dia 26 de março em São Paulo que conformou a Frente Nacional de Luta Contra a Reforma Universitária. Este encontro foi construído por fora da UNE, o que demonstra, mais uma vez, a sua falência. Esta Frente organizou um calendário de lutas e mobilizações nacionais para derrotar as reformas neoliberais do governo Lula em conjunto com os trabalhadores e movimentos sociais, que no dia 25 de março concretizaram a Frente Nacional de Luta contra as Reformas. Foram realizadas diversas manifestações, como o último dia 23. Entretanto, é preciso avançar. Por isto, nós fazemos um chamado aos lutadores que ainda permanecem na UNE para debaterem conosco a construção de uma alternativa que rompa os marcos da UNE e seja superior à própria CONLUTE, que unifique as lutas e derrote a reforma universitária. É necessário romper com a UNE, e os estudantes da história podem dar um passo rumo a um novo movimento estudantil, votando NÃO no plebiscito. Dizendo, com todas as letras: A UNE NÃO ME REPRESENTA!



VOTE NÃO NO PLEBISCITO PARA QUE O CHIST ROMPA COM A UNE E SIGA LUTANDO !

Uma grande onda de mobilizações vem tomando conta das universidades públicas. É a resposta do movimento estudantil aos ataques dos governos à educação. Como vimos, as coisas aqui na UFRGS não são muito diferentes. Só a mobilização estudantil vai garantir a resistência e a possibilidade de novas conquistas. Temos o grande exemplo dos estudantes da USP. Precisamos avançar!

12 de jun. de 2007

Estudantes comandam grande manifestação contra aumento da tarifa
Por Letícia Arcoverde 01/06/2007 às 20:54 - CMI
Cerca de 3 mil pessoas participaram da passeata por ruas do centro da capital que culminou em confronto com a polícia e divide opiniões entre o povo de Florianópolis
A quinta-feira foi escolhida pelos manifestantes por representar um dia histórico na luta contra o aumento da tarifa de ônibus, remetendo aos protestos de 2005 que acabaram conhecidos como a "Revolta da Catraca". Após a realização de manifestações ao longo da semana, o "Grande Ato" reuniu 3 mil pessoas no final da tarde de ontem, se estendeu por 5 horas nas ruas do centro de Florianópolis e foi acompanhado de perto por um efetivo de mil policiais. Desde cedo, o clima na Universidade Federal de Santa Catarina era de expectativa. Por volta do meio dia, um grupo de estudantes se reuniu em assembléia no campus da universidade, como fizeram durante todos os dias desde a instituição do aumento. Nela foram discutidos métodos para criar maior aproximação do movimento com a população, além de idéias para o protesto do final da tarde. Realizada em aberto, a assembléia manteve certa discrição. Segundo um dos coordenadores da reunião, há uma grande preocupação com policiais à paisana, os chamados P2. "Durante toda a semana houve muitos espalhados pela UFSC, mas é fácil descobrir quem são", disse o estudante. Maria e Vinícius são mãe e filho. Ambos participaram da assembléia e pretendem seguir o movimento no fim da tarde. Nascida no Ceará, Maria veio de São Paulo, onde morava há 30 anos, para um encontro de estudantes do qual o filho participava, há alguns meses. Lá teve contato com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), e pôs-se a disposição deles. Formada em Serviço Social, mudou-se para Florianópolis e hoje faz na UFSC especialização em Educação de Jovens e Adultos do Campo, realizando trabalho com moradores da periferia da capital. "É lá que está boa parte da população do campo hoje em dia", diz ela. Sobre o transporte público, a senhora de 63 anos, comenta: "O rico não tem direito a ter transporte, ele tem transporte. Os pobres têm apenas o direito." Na frente do Colégio de Aplicação aconteceu o encontro de estudantes da UFSC e do próprio colégio, o qual tem forte participação no movimento. Instruções de como se comportar diante de confronto com a polícia foram distribuídas e após uma votação entre os participantes, foi decidido que o grupo seguiria em passeata pelo Saco dos Limões até chegar ao Terminal de Integração do Centro (Ticen). Carregando faixas e gritando palavras de ordem, o grupo seguiu pelas ruas, chamando a população para o protesto. "Vem, vem pra luta, vem. Contra o aumento", é o principal mote dos manifestantes. Ao longo do caminho nenhum cidadão atendeu ao chamado, mas moradores de casas por onde os estudantes passaram aprovaram a manifestação "Achei o aumento um absurdo. O movimento é correto, é um direito deles", disse uma senhora que saiu ao quintal de sua casa para ver a passeata, repetindo a opinião de várias outras pessoas nas ruas, inclusive a de um cobrador de ônibus. A passeata seguiu pacífica por todo o trajeto. Os manifestantes sinalizavam para os carros que formaram fila atrás do grupo, ajudando-os a ultrapassar o movimento. Muros e pontos de ônibus foram alvo de pichamento, ainda que outros manifestantes pedissem mais moderação. Sob o túnel que leva à baía sul, a passeata encontrou um grupo da tropa de choque da polícia. Continuaram seu caminho em direção ao Ticen, acompanhados pelos carros do Pelotão de Patrulhamento Tático.

Com a intenção de conter a passeata em apenas duas pistas da avenida, um policial teve que descer do carro e apontar uma arma para os manifestantes. O grupo continuou a caminhada de maneira tranqüila até chegar à frente do terminal de ônibus, onde se encontrou com outros estudantes que já faziam concentração. "Dário, que ladainha, R$2,40 é o quilo da tainha", foi uma das palavras de ordem dos manifestantes, se reuniram na frente do Mercado Público, usando apitos e bateria para fazer barulho. Os manifestantes, que formavam um grupo estimado de 3 mil pessoas, na maioria estudantes, seguiram em passeata pelo centro, passando pela catedral, a rua Trajano e o calçadão da Felipe Schimidt. "População, vem pras ruas, essa luta também é sua", foi gritado para as pessoas que saíram às janelas e portas para ver o movimento. Duas senhoras, após saírem do trabalho, se uniram aos manifestantes. No meio do calçadão, dois homens continuaram com calma seu jogo de xadrez, apesar da movimentação. Indagado se a passeata estava atrapalhando, um deles respondeu: "Não, pode ficar à vontade". A passeata continuou até a avenida Mauro Ramos, ainda acompanhada de numerosos policiais ao longo do trajeto. Era fácil perceber a vontade geral dos manifestantes: chegar até a avenida Beira Mar. Os policiais tinham, no entanto, ordens expressas de não permitir o fechamento da via. Segundo a capitão da Polícia Militar Edenice Fraga, após o fechamento das pontes da cidade no dia 23 de maio, o Ministério Público deu instruções claras para "manter a ordem pública, impedindo o fechamento das vias principais da cidade". "A manifestação é pública, mas não pode ferir o direito de ir e vir da população", disse ela, quando questionada sobre o andamento da passeata. A manifestação encontrou barreira dos policiais na avenida Mauro Ramos e o grupo tentou seguir então pela rua paralela, Altamiro Gruimarães. Duas bombas de efeito moral foram jogadas, e mais uma vez os manifestantes foram impedidos de chegar até à Beira Mar. Uma moradora saiu à sacada de um dos prédios da rua, batendo tampas de panela e sendo recebida com aplausos pela multidão. De volta à avenida Mauro Ramos, na praça Etelvina da Luz, mais conhecida como "banco redondo", houve enfrentamento entre estudantes e policiais. Após a polícia abordar um estudante separadamente e revistar seus pertences, dois rojões foram atirados do meio da manifestação, explodindo no ar acima dos policiais. Começou então o momento de maior confronto e violência da noite. Bombas de efeito moral foram jogadas pela polícia, spray de pimenta foi usado em manifestantes e várias pessoas foram atingidas por balas de borracha, inclusive a dona de casa Maria Inês Alano, que caminhava em direção a sua casa e não participou da manifestação. Ao mesmo tempo, pedras e rojões foram atirados na direção dos policiais e pontos de ônibus e lixeiras foram depredados. A barreira policial forçou os manifestantes no sentido contrário à Beira Mar, causando dispersão.
O grupo ainda se reuniu em frente a Igreja Universal e seguiu pela avenida Hercílio Luz em direção ao Ticen. O cenário deixado era calmo, mas tenso. Manifestantes, como o trabalhador Édio Moura Junior, mostravam as marcas de balas de borracha às câmeras da imprensa. Resquícios de balas e bombas podiam ser achados nas ruas, junto com vidros quebrados e lixos queimados. O conflito dividia opiniões. O dono de uma loja de eletrônicos teve sua loja atingida por um pneu, e lamentou a ação dos manifestantes: "Tem que fazer isso na casa do Dário, não aqui nas nossas lojas. Eu também sou usuário (de ônibus)." Já a pedagoga Ione Andrade Cândida estava insatisfeita com a atuação da polícia: "Eu quero que a polícia me proteja sempre e só tem policial nessa hora. Pensei que estava numa guerra." Antes de chegar ao terminal de ônibus do centro da cidade, parte do grupo já havia dispersado. Embora poucos, os manifestantes se concentraram na avenida Paulo Fontes, sob o olhar atento de quase todo o efetivo de mil policiais. Parados, PMs, agentes do BOPE e a cavalaria da polícia cercaram os manifestantes pelo resto da noite. Do lado de fora da barreira, o professor Sandro Machado expressou forte opinião aos policiais. "Vocês são trabalhadores também e estão protegendo corruptos", ele gritou a um grupo da Polícia Militar. Um policial lhe respondeu que "achava melhor ele calar a boca?, mas o professor continuou, recebendo apoio de outras pessoas por perto. ?Eu estou protestando apenas. (...) É só pensar bem, essa gurizada que tá aí está lutando por um direito que é de vocês também. (...) Isso não é hora de obedecer autoridade, não. É hora de agir com consciência, vocês também são trabalhadores", disse ele, em meio a aplausos da população. Às 22h, eram poucos os manifestantes na rua. O grupo de teatro Árvore Sagrada, que acompanhou a passeata tocando berimbaus, comandava uma roda de capoeira, sob o olhar vigilante dos ainda numerosos policiais. Novos protestos estão previstos até que o aumento da tarifa seja revogado. Como diz um lema dos próprios manifestantes, difundido em um conhecido vídeo que documentou as ações de 2005, as mais de 3 mil pessoas que se reuniram na noite de quinta feira continuam a afirmar: "Amanhã vai ser maior".


Presidente da UNE tem recepção ?calorosa? pelos estudantes da UFAL
Por Frente Contra a Reforma Universitária/AL 29/05/2007 às 00:23 - CMI

Recepção do Movimento Estudantil da Ufal ao pelego-pilantra-capacho-do-governo-Lula Gustavo Petta, atual presidente da UNE.


Nesta segunda-feira (28/05) o presidente da União Nacional dos Estudantes (Une), Gustavo Petta, passou por um constrangimento público na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e viu o quão desgastado está seu discurso político (reformista e fajuto) com a base do Movimento Estudantil (ME). Enquanto a Frente Contra a Reforma Universitária e Movimentos Sociais ocupam o gabinete da reitoria da Ufal lutando pela inserção dos trabalhadores rurais na universidade, por mais verbas para a assistência estudantil e contra a reforma universitária do governo Lula, o DCE/UFAL, dirigido por PT e UJS, não constrói a luta e tenta dividir o ME, trazendo Gustavo Petta para entregar à reitoria uma pauta de reivindicações do ME (?) sem nenhuma discussão com a base da Ufal e ignorando a legitimidade da luta do Movimento de Ocupação da reitoria, que é apoiado pela maioria dos Centros e Diretórios Acadêmicos da Ufal. Gustavo Petta tinha palestra marcada para o auditório da reitoria onde iria expor um histórico dos 70 anos da UNE, mas ao chegar lá e receber como ?cortesia? as vaias dos centenas de ocupantes pelas janelas do prédio da reitoria, ele e a diretoria (pelega) do DCE fugiram em busca de um outro espaço para fazer o debate. Momentos depois, quando ninguém sabia para onde ele foi, eis que Petta foi localizado: sem público e descredibilizado, numa pequena sala de aula na biblioteca, com cerca de 20 pessoas que nem sabiam o que era a UNE, lá estava o debate promovido pelo DCE/UFAL. Do outro lado da universidade, a reitoria ocupada com centenas de estudantes, provava que o ME estava vivo na Ufal, mesmo que a revelia da direção do DCE... Enquanto Petta falava, cerca de 70 estudantes entraram na sala e ele silenciou, apavorado com a força da oposição que viria... E o que iniciou o ato contra a diretor da UNE foram as palavras: ?Enquanto o pelego está calado: Gustavo Petta, cara-de-pau, capacho do governo federal!?. Diante das palavras de ordem que se sucederam, contra as reformas neoliberais, contra o governo Lula e contra a burocratização estudantil que a UNE representa, Petta nada pôde fazer se não silenciar. Após intervenção em denuncia do papel da UNE em representar o governo Lula e não mais os estudantes e que o ME está sendo feito na ocupação da reitoria e não lá naquela salinha, os estudantes se retiraram da sala e Petta ficou desconcertado. A imprensa, que estava na sala no momento da entrada dos estudantes, cobriu toda a mobilização.

Assim como os estudantes fizeram uma gravação que estamos disponibilizando no YouTube no link: http://www.youtube.com/watch?v=cwfTY__LYUE

Veja também fotos do ato em anexo e o Blog da Ocupação da reitoria no link abaixo: http://ocupacaoufal.blogspot.com

6 de jun. de 2007

Na USP, Na UFRGS... quem disse que sumiu, aqui está presente o movimento estudantil!!!!

Depois da vitória, estudantes desocupam
a reitoria da UFRGS!





Os 200 estudantes reunidos em Assembléia Geral, depois de quase 4 horas de debates sobre a proposta apresentada pela reitoria e encaminhamento da luta. A Assembleia geral dos estudantes votou pela desocupação da reitoria da UFRGS, todos os pontos apresentados pela reitoria foram aprovados por consenso pelos estudantes. Em Clima de vitória os estudantes ocupados reafirmam o apoio a ocupação da USP e a continuidade da luta contra a reforma universitária do governo Lula. A Ocupação da reitoria da UFRGS mostra que com luta podemos ter vitórias. Ocupar e resistir até a vitária!!!!!
Sobre como encaminhar a luta, ficou o indicativo de organizar uma grande mobilização na universidade no dia 15 de junho!

Em tempo: A UNE nem apareceu na ocupação, mais uma vez este fora das lutas!
Direto da ocupação:

ESTUDANTES DA UFRGS DISCUTEM PROPOSTA DA REITORIA!



Cerca de 200 estudantes estão reunidos neste momento em assembléia geral da ocupação da reitoria da UFRGS para analisar a resposta da reitoria sobre a pauta de reivindicações.
Durante o dia a imprensa já divulgava a posição de que a reitoria teria contemplado pontos importantes da pauta:

- Prazo da abertura de licitação (estabelecido o mês de julho/07) para a construção do Restaurante Universitário na ESEF (até o final do ano de 2007);
- Garantia definitiva dos espaços estudantis da Toca, do CECS, do CEABI e do DACOM, sendo que a no caso da Toca vai iniciar na semana que vem a obra de recuperção do espaço;
- Redução em 50% da taxa de vestibular (para estudantes oriundos de escola pública) e ampliação do número de isenções totais (passando dos atuais R$200,00 para R$ 350,00);
- Disponibilização da documentação referente aos expurgos e perseguições na UFRGS durante a ditadura militar;

A Reitoria também sinalizou em iniciar estudo sobre a ampliação da creche universitária (reivindicação do GT de opressões do DCE), informou que apartir da semana que vem o RU do campus saúde irá abrir no turno da noite, outros pontos também estão sendo analisados.

Logo após as discussões sobre a resposta da reitoria, os estudantes que ocupam a reitoria vão votar a continuidade ou não da ocupação, e aprovar um plano de lutas.



OCUPAÇÃO DA UFRGS CONTINUA!

Em assembléia geral realizada na terça-feira ás 19h, que contou com a presença de cerca de 400 estudantes, foi aprovado a continuidade da ocupção da reitoria da UFRGS, com nova assembleia na quarta-feira (06/06) ás 18h na reitoria.
Nesta madrugada os estudantes ocupados que permaneceram na reitoria atingia cerca de 150 estudantes, foi formada diversas comissões para garantir o funcionamento da ocupação. A Reitoria deliberou que a segurança do prédio da reitoria estava sob controle dos estudantes.
Na manhã desta quarta, foi organizado barricadas nos acessos a reitoria, os funcionarios que em sua maioria estão em greve se concentraram apartir das 9h na reitoria para organizar um ato em conjunto com os estudantes ocupados.


veja o video da ocupação no you tube:

http://www.youtube.com/watch?v=n6MawO-r60k

5 de jun. de 2007

ESTUDANTES DA UFRGS OCUPAM A REITORIA!

Cerca de 300 estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) ocuparam a Reitoria na manhã desta terça-feira (05/06), os estudantes gaúchos ligados ao DCE da UFRGS, FOE e CONLUTE, que estão ocupando a Reitoria, lutam contra a Reforma Universitária do Governo Lula, apoio à ocupação da USP, implantação imediata de um Restaurante Universitário na Escola de Educação Física, Garantia definitiva dos espaços estudantis, Implementação das ações afirmativas no próximo vestibular, Redução em 50% da taxa de vestibular e ampliação do número de isenções totais, entre outras reivindicações especificas.
A ocupação da Reitoria da UFRGS, assim como a da USP, UFAL e outras mobilizações como as do dia 17 de abril, 01 de maio e 23 de maio que fazem parte do calendário nacional aprovado no Encontro Nacional contra as reformas neoliberais, demonstram a disposição e retomada da luta dos estudantes contra os ataques que a educação pública vem sofrendo por parte do Governo Lula e dos Governos Estaduais.

Por isso é necessário ousar, ocupar e resistir, unificando a luta dos estudantes com a greve dos servidores federais e de outras categorias em luta para fortalecer nossas mobilizações.

UNIR OS QUE LUTAM CONTRA OS ATAQUES DO GOVERNO LULA

As ocupações de reitorias que se espalham pelo Brasil a fora, as mobilizações em Florianópolis dos estudantes que ensaiam uma nova revolta das catracas, as mobilizações nos estados contra os ataques as escolas e universidades públicas, mostram a necessidade de unificar a luta dos estudantes nacionalmente.
A UNE que já se vendeu para o Governo Lula, não serve como instrumento que possa fortalecer nossa luta, apesar da UNE se “fantasiar” como entidade que ocupa reitorias em algumas universidades, hoje ela esta a serviço do Governo lula e nos bastidores articula a derrota dos estudantes que se mobilizam contra a reforma universitária e por suas reivindicações especificas.

É necessário construir uma nova entidade dos estudantes que fortaleça nossa luta, por isso nós que construimos a CONLUTE (Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes) já rompemos com a UNE governista e continuamos a fazer o chamado aos companheiros e companheiras da FOE (Frente de oposição de Esquerda da UNE) que rompam com a UNE para construirmos uma alternativa unitária e de luta para os estudantes.


Algumas fotos da Ocupação da reitoria da UFGRS:



Faixa da CONLUTE contra a Reforma universitária e apoio a ocupação da USP

Vera Guasso, representando a CONLUTAS

Estudantes secundaristas do Movimento Vamo Bate Lata e

Grêmio Estudantil do Colégio Julinho, estão apoiando a ocupação.